Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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Dentro do casebre, que mais se assemelhava a um celeiro, o homem estava acorrentado com correntes presas a suportes fortes de metal na parede. O chão era revestido de palha, nos cantos tinham mesas de madeira velhas e baús escuros, a enorme porta dupla do casebre aparentava ser velha. O homem lutava para se manter acordado, sua pele parecia queimar em cada ponto em que estava machucado, assim como o sangue que manchava sua visão. Seu cabelo estava repleto do líquido já seco, assim como suas roupas que agora pareciam retalhos.
Não imaginava que a pessoa que ele mais confiava o traria daquela forma.
No momento em que viu o Yxeniano adentrando sua sala, acreditou que seria protegido pelos soldados postos no local. Porém, mais rápido do que imaginava, todos estavam derrubados, e seu soldado de mais confiança se mostrou seu maior inimigo durante o calor da batalha. Foi levado pelo Yxeniano e seu General até o estacionamento, vendo com seus próprios olhos a chacina que o jovem Yxeniano poderia cometer sozinho.
E agora, estava daquela forma. Preso por correntes grossas, sendo espancado, tendo sua pele rasgada por objetos cortantes e foi sufocado até desmaiar. O corte em seu rosto, que ultrapassou até mesmo sua pálpebra, mostrava que jamais teria a mesma visão de antes. Sabia que sua hora estava próxima, o Yxeniano o finalizaria de uma vez ou então acabaria morrendo devido aos machucados. E ele estava certo.
O Yxeniano entrou no casebre abrindo uma das enormes portas duplas, trazendo com a sua chegada arrepios por toda extensão do corpo do Choi. O rosto bonito carregava frieza, suas orbes pareciam cegadas pela malignidade da vingança, que corroía o sangue de suas veias.
Aquele foi o momento em que Christopher Bang colocou um fim a vida de Choi Jongho.
A lâmina cega do machado acertou de forma contínua o tornozelo do Governador, parando com seu ato no momento em que o osso ficou visível. E a faca de cozinha trilhou o abdômen do homem, rasgando a carne profundamente. Mesmo após os maçantes dias que passou descontando seu ódio no Choi, Bang Chan não estava satisfeito, pois ainda queimava dentro de si a vontade de vingança. Mas teve que contentar-se com a realidade e sabia que agora deveria levá-lo até o Hwang.
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Bang Chan acordou com o som das janelas de madeira batendo devido aos ventos fortes que acompanhavam a chuva. Sentou-se na cama do simples hotel em que estava acomodado, sentindo novamente o cheiro pútrido atingir suas narinas. Estava chegando ao ponto de ser insuportável, não sabia como havia aguentado aquele mau cheiro durante toda a viagem. Tinha que terminar logo aquele pedido do Hwang para ficar livre.
Saiu do quarto, já que não havia conseguido dormir novamente. O primeiro andar da hospedaria tinha um pequeno bar e restaurante, com poucas mesas de madeira postas no local, naquele momento estava quase que vazio, tinha somente alguns bêbados inconscientes e Yuna, a atendente que parecia entediada apoiada no balcão.