Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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Sentia sua cabeça pesada, seus olhos tremiam em uma luta interna para que fossem abertos, o Huening aos poucos recobrava sua consciência e conseguia entender os sons à sua volta. Havia vozes que discutiam baixas, porém, pareciam estressadas e confusas. Entre essas vozes, Huening conseguiu reconhecer a do Han.
Ao abrir seus olhos, se deparou com três pessoas à sua frente, estava escuro, mas ele conseguia perceber pequenos indícios de que estava em algum tipo de templo. HueningKai só reconhecia Jisung entre eles. Jisung estava em pé discutindo com um homem de cabelo castanho que carregava um fuzil, o outro estava sentado no chão enquanto sua destra estava pousada em cima da sua cabeça, como se estivesse pensando em algo, preso em seus próprios devaneios.
O primeiro pensamento que passou na cabeça do mais novo foi o quão imprudente Han estava sendo ao discutir com um homem armado, mas depois que conseguiu pensar de forma ordenada, lembrou que eles estavam do mesmo lado e não pareciam estressados, e sim chateados com algo.
Ao tentar mexer-se para ficar em uma posição mais confortável, sentiu uma leve pontada de dor em sua cabeça, no local em que foi acertado anteriormente, fazendo com que soltasse um breve e baixo resmungo de dor, que não passou despercebido pelo Yxeniano.
— Gente, o mini-governador acordou — o homem com o fuzil falou, chamando a atenção dos outros dois.
— Hyuka, como você está? — Jisung se aproximou, ajudando o mais novo a se sentar, já que estar amarrado o atrapalhava nisso.
— Estaria melhor se você não tivesse me golpeado na cabeça — ele resmungou, esquecendo por breves segundos que agora as companhias que o Han tinha encontrado não eram nem um pouco inofensivas.
— Situações urgentes necessitam de decisões extremas — o homem sentado no chão disse dando de ombros.
— E por que você está com esse negócio tapando seu olho?
O olho visível de Jisung piscou algumas vezes, sua boca ficou entreaberta, soltando sons impossíveis de distinguir como se estivesse pensando o que responder, mas não tinha ideia de como.
— 'Tá, sem conversa fiada, vamos direto para o ponto, pode ser? — o homem com fuzil se aproximou do Huening, se abaixando para ficarem na mesma altura, fazendo com que a atenção do mais novo saísse daquele assunto meio sensível do Han — Me chamo Minho, garanto a você que não irei machucá-lo, a não ser que você me estresse, pode ser?
O Lee dizia com monotonia na voz, como se fosse algo ensaiado, e realmente era. Seu rosto não demonstrava ser amigável e não tinha nem um pingo de credibilidade. Algo que também não ajudava com essa garantia, era a arma estar apontada para o Huening.
— Abaixa essa arma — Jisung repreendeu ao perceber o tremor de medo do mais novo, que voltava a ficar assustado — eu falei para ser amigável.
— Eu estou sendo amigável — Minho reclamou em murmúrios.