Jisung e Minho estavam juntos no primeiro andar, o Han conseguiu um carro para levar os Lee's para uma parte próxima de Sacred Lakes, para chegar na casa precisariam passar por uma floresta. Jisung mostrou a localização no mapa para Minho.
- Por que está ajudando nós dois? - o Lee perguntou repentinamente - Não achei que iria simpatizar com dois Yxenianos.
- Eu sei todos os problemas de Yxen, mas sempre fechei meus olhos para isso. - o Han suspirou e se jogou no sofá - Eu criei uma ideologia de que os Yxenianos estavam longe e que não podia fazer nada para ajudar. Mas vocês estão agora na minha frente, são jovens como eu, mas que querem ser felizes longe de um centro sangrento, eu posso ajuda-los.
O Lee o encarou, um pouco desconfiado. Não estava acostumado com gentileza de estranhos, em Yxen lutavam pela sua própria vida, canibalismo não era nada inédito também. Alguém sendo tão gentil assim fazia Minho subir suas barreiras contra estranhos, esperando o momento em que o estranho tentaria ataca-lo e abrir a sua barriga, afim de saciar sua fome.
- Tudo bem se não acreditar em mim. - o Han sorriu - Eu também não acreditaria.
O sorriso dele era muito bonito, Minho teve que segurar um sorriso involuntário que teimava em aparecer.
- Obrigado por isso, mas não confio ainda em você, Han.
- Não estou pedindo sua confiança, Lee. - Jisung se levantou do sofá - O que pretende fazer depois que estiver seguro?
- Eu só quero que meu irmão tenha uma vida boa. - Minho sorriu, triste - Saí de lá, arriscando tudo para deixa-lo feliz.
- Vai ser difícil, estarão sendo procurados pelo governo, a vida de vocês pode continuar sendo um inferno.
- Mas pelo menos será um inferno menos quente do que Yxen.
- Não posso dizer nada, não morei lá.
- Nem queira.
O Han saiu da casa, vendo que o carro estava pronto, ele entrou e ajudou Minho a levar Felix, que teimou que conseguia ir sozinho, mas o Lee mais velho só deu um tapa na nuca do mais novo, assim ele voltou a escutar seu irmão mais velho, e deixou ser carregado.
- O rosto de vocês ainda não foi espalhado pela cidade, Sacred Lakes é seguro, é longe da capital, as notícias demoram mais para chegar, lá não tem internet, o que dificulta mais que eles fiquem atualizado sobre a nossa situação.
Os Lee's só escutaram, Minho voltou para buscar o capitão Hwang, que continuava amarrado e agora com os olhos vendados. Ele não parava de resmungar, falando que seu sumiço ia fazer a segurança ficar pior, mas o Lee mais velho só se estressou e tapou a boca dele com uma fita, depois o jogou de qualquer jeito no carro.
- Vá pela rota que eu mostrei, ela ainda não foi bloqueada pelos militares. - Jisung avisou uma última vez - E mais uma coisa, quando der irei visita-los e levar mantimentos. Lá já tem algumas comidas enlatadas, então podem ficar por um tempo.
- Se por acaso encontrar os novos fugitivos, leve-os até nós, tudo bem? - o Lee mais velho pediu.
- Levarei, prometo.
Com isso, os Lee's aceleraram o carro e saíram, o Han observou-os desaparecer de vista, mas logo subiu para tirar tudo do sótão que fosse incriminatório, e queimou.
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- Tem certeza que não estamos perdidos? - Felix perguntou.
Fazia horas que eles procurava a casa que Jisung havia dito, eles evitaram pedir informações para os aldeões para não chamar atenção, e evitar que futuramente espalhassem seus rostos como procurados em Sacred Lakes também.
- Não, tenho certeza que é por aqui...
- Você nunca foi o melhor em ler mapas!
- Cala a boca, está me desconcentrando!
O loiro ficou quieto, mas rindo do seu irmão internamente, parecia que ele iria explodir a qualquer momento, era quase possível ver fumaça saindo de suas orelhas.
Outra coisa que estava estressando Minho era o passageiro atrás, que não sabia mais o que fazer para chamar a atenção e ficou chutando as costas da poltrona, enquanto choramingava.
- QUER MORRER, PORRA? PARA COM ISSO! - ele finalmente explodiu - QUER QUE EU TE JOGUE DO CARRO EM MOVIMENTO OU QUER UM TIRO NA TESTA?
Hyunjin parou de chutar por um momento, mas se encolheu levemente com os gritos. Depois de um tempo, com o Hwang quieto, Minho ficou feliz pensando que finalmente iria descansar.
Mas a felicidade durou pouco, pois ele voltou a chutar, mas agora pior, tentando soltar gritos que foram abafados pela fita.
- Fica quieto senão meu irmão te mata! - Felix tentou o acalmar, mas os gritos foram tantos que até ele se estressou - CALA A BOCA CARALHO, FUGI DAQUELE LUGAR PARA TER PAZ MAS VOCÊ SE METE NA NOSSA VIDA E FICA FAZENDO DELA UM INFERNO, SE CONTINUAR EU CORTO SUA GARGANTA PARA MORRER AFOGADO NO SEU PRÓPRIO SANGUE!
- Irmão, calma... - agora Minho que tentava acalmar o irmão - Olha só! Encontramos a casa, viu? Não precisa se estressar!
Felix respirou fundo, recuperando o fôlego perdido, e suspirou ao ver a casa.
- Que linda!
Bipolar da porra... Hyunjin pensou, enquanto se recuperava, digamos que ouvir uma voz tão grave como aquela gritar com você é estranhamente agradável e perturbador.
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Rebellion
أدب الهواةEm um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...