Na semana seguinte, uma tarde de um dia útil foi escolhida para reunir novamente os sócios do bar para cuidar de mais questões antes da inauguração. Os cinco amigos já se encontraram várias vezes por esse motivo, e por conta da união comercial que eles tinham, continuariam se encontrando por muito tempo.
O lugar escolhido para a reunião naquela tarde específica foi o apartamento de Billy. Ele havia terminado sua mudança para o mesmo prédio em que Yuri morava, e se ofereceu para receber os parceiros de projeto. Desse jeito, cuidava dos negócios sem precisar se afastar dos cuidados com seu filho.
Logo no horário combinado, todos já estavam lá. Yuri, por morar no mesmo prédio, foi o primeiro a chegar. Andreza e Drika, como de costume, chegaram juntas. Por fim chegou Júlio.
O apartamento novo de Feitosa estava longe de ser grande, mas cabiam todos na sala de estar, de uma forma confortável. Apesar de um ou outro brinquedo de Alexandre espalhado. Billy sabia se organizar muito bem e estava muitíssimo satisfeito com sua moradia recém-adquirida.
Caminhando lentamente em direção ao centro da sala, onde estava o restante do grupo, Dreza olhava atentamente seu celular, analisando algumas contas do estabelecimento. Tratavam-se do balanço dos últimos gastos para finalizar a decoração e as exigências da vigilância sanitária.
Os cálculos estavam totalmente exatos, tão bem detalhados e organizados. E o que mais surpreendeu a estilista foi o fato de Patrick ter feito aquilo tudo sozinho. Se não parecia coisa de contador profissional, chegava muito perto. Ela se impressionava com essa habilidade — quase escondida — do haitiano.
— Tem certeza que foi o Patrick que fez tudo isso? — Indagou Dreza — Olha, vou te dizer, isso tá perfeito.
— Patrick manja muito de matemática. — Confirmou Yuri — E é algo que quem é da Arena já sabe. É ele quem cuida das contas de lá.
— Sério. — Disse Andreza surpresa — Sabia disso não.
— É isso mesmo, Dreza. — Afirmou Billy — Eu mesmo fiquei sabendo disso logo no primeiro dia que eu pisei na Arena.
— Ele quem calcula o faturamento, despesas, lucro... — Júlio, que estava sentado no sofá, deu mais detalhes — Quer dizer, menos na parte que envolve declaração e nota fiscal, que isso o Ângelo faz questão de cuidar sozinho.
— O Ângelo tem preguiça de fazer essas coisas e não quer contratar um contador. Aí chama o Patrick, e paga um extra pra ele. Paga fazendo bico, porque ele é mão de vaca até nisso. — Finalizou Yuri.
Andreza sentou-se no braço do sofá, ao lado de Yuri, que estava em pé, e comentou:
— Olha, vou te dizer... Eu sou organizada com isso de conta, mas isso que ele fez foi além. Ele tem talento pra coisa, imagina se investisse nisso.
— Cê poderia dar esse toque pra ele, hein Dreza. — Guará sugeriu — Certeza que ele vai ficar nas nuvens com você enchendo ele de elogios. — Brincou e soltou um riso leve ao final.
— Bobo. — Também soltou um riso leve e deu um tapa fraco no ombro de Yuri.
Todos riram levemente na sala. Descontraíram um pouco, afinal os cinco eram grandes amigos, mas também para acalmar os ânimos. E assim, encarar com leveza as preocupações envolvendo o empreendimento.
— É, gente. Tá tudo muito bom e tal. Mas ainda tem algo que a gente não viu até agora. — Avisou Júlio — Já temos um bar lindo, tinindo. Mas como vamos chamá-lo?
A pergunta do host fez todos se entreolharem pensativos. Praticamente tudo estava pronto e acertado. Faltava apenas uma pequena coisa para definir: o nome do bar.
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Arena Esparta: Além da Noite (Livro I)
RomanceDe noite eles mandam, de dia eles sobrevivem. Mais que um strip-club, a Arena Esparta é uma verdadeira arena do prazer. Um paraíso noturno em plena São Paulo. Quando as portas abrem, tudo pode acontecer. Os rapazes, ou melhor, Gladiadores, estimula...