Com o Sol se pondo, a mansão da família Fontana ficava mais silenciosa ainda. O mais velho do clã ficava no quarto assistindo à televisão, sozinho e tranquilo. Enquanto Carolina preparava o jantar, chegava a hora de Caique encerrar mais um expediente como cuidador de Seu Arthur.
Felizmente, foi um dia bem tranquilo para o enfermeiro. Passou voando. Dona Bel quase não parou em casa, e o idoso estava calmo. Tudo seguiu sem problemas e o rapaz não precisou se preocupar com imprevistos enquanto se preparava para deixar a casa.
Assim que saiu do quarto, passou pela sala. As luzes estavam acesas, estava quase anoitecendo. Quando estava prestes a passar pela cozinha, ouviu uma voz lhe chamando por trás.
— Caique.
O enfermeiro virou-se e encontrou Vinicius, que estava fechando a porta da frente, no qual passou. Ele estava com uma pequena sacola grossa de papel em mãos, daquelas de loja.
— Ainda bem que eu consegui chegar a tempo, achei que já tinha ido embora. — Sorriu aliviado.
— Já estava indo mesmo. Algum problema?
— Nenhum, pelo contrário. — Respondeu enquanto se aproximava do enfermeiro —Só queria te entregar uma coisa.
— Uma coisa? — Questionou curioso.
— É que você tem feito um belíssimo trabalho cuidando do meu pai. Ele tem melhorado tanto desde que chegou aqui. Precisava te retribuir de alguma forma.
— Poxa, fico agradecido. — Respondeu sem graça — Mas só estou fazendo o meu trabalho.
— Tem feito muito mais que isso. Por isso, quero lhe entregar esse presente.
Vinicius estendeu a mão e entregou o pacote a Caique, que permaneceu surpreso. O rapaz pegou a embalagem, muito vistosa por sinal e enfiou sua mão para pegar o que quer que estivesse dentro. Ao tirar a caixinha da sacola, seu pasmo se tornou maior ao olhar e descobrir o presente de seu patrão.
— Um iPhone?
— Sim. E é um dos modelos mais recentes, daqueles com três câmeras atrás. É que eu não conheço muito sobre seu estilo, do que você gosta, ou precisa. Então optei por um presente mais básico, que talvez você vá gostar.
A falsa modéstia veio forte nas últimas palavras do advogado. O celular no qual presenteou Caique não tinha nada de "básico". Tratava-se de um aparelho de última geração, lançado nos últimos meses, de uma marca extremamente popular, cujo preço era bem alto.
E por mais que o enfermeiro não fosse uma pessoa híper antenada sobre as últimas tecnologias, ele — como qualquer pessoa — saberia que não saía nada barato comprar um aparelho destes. Daí, o seu semblante estupefato e incrédulo, sem saber como reagir.
— Nossa, mas isso deve ter custado muito caro. — Comentou constrangido ao colocar o celular de volta na sacola — Desculpa, Doutor Vinicius, mas eu não posso aceitar. O senhor é meu patrão.
— Ora, não é para tanto. É só uma lembrança singela, e eu não estou fazendo isso como seu patrão, mas sim como alguém que te considera muito. — Justificou-se — Se eu estou te dando esse presente é porque eu admiro muito o trabalho que você vem fazendo. É minha forma de agradecer.
Vinicius transmitia a mais completa segurança em suas falas e em seu sorriso. Queria agradar Caique e não media esforços para isso. Já o enfermeiro, ficou confuso com o gesto tão atencioso, algo no qual nunca passou. Isso ia além de sua relação profissional com seu patrão. Por isso, não sabia como agir.
— Você merece, Caique. Aceite. — Sorriu.
Confuso, ficou dividido entre ser educado e manter o profissionalismo. Receber um celular de presente era sempre algo bom, ele não negava isso, mas dessa maneira foi extremamente surpreendente. E poderia não ser algo correto.
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Arena Esparta: Além da Noite (Livro I)
RomantizmDe noite eles mandam, de dia eles sobrevivem. Mais que um strip-club, a Arena Esparta é uma verdadeira arena do prazer. Um paraíso noturno em plena São Paulo. Quando as portas abrem, tudo pode acontecer. Os rapazes, ou melhor, Gladiadores, estimula...