Se os dias costumam passar mais rápido para quem trabalha, não é à toa que os dias de folga são os mais valorizados. Assim como os outros Gladiadores, Mateus aproveitava as noites de descanso para fazer o que precisava. E principalmente, o que nem sempre dava para fazer durante o dia.
Na noite em questão, ele passava pelas ruas da cidade com sua moto. O destino era um motel que ficava em um bairro distante de onde morava. Depois de muita insistência, e bateria do celular gasta, conseguiu marcar um encontro com um homem que conheceu no aplicativo. Parecia tudo certinho, e ele tinha boas expectativas com isso.
Custou, mas conseguiu encontrar o motel que ainda não conhecia. Passou pela recepção e por todo aquele procedimento chato — e um pouco constrangedor — para que sua entrada fosse aceita. Procurou pelo número da suíte até encontrar aquele com um carro vermelho estacionado. Conferiu o modelo e constatou que a pessoa realmente veio.
Com isso, estacionou a moto na garagem e bateu na porta. No quarto bem decorado, um homem magro, palidíssimo e ruivo abriu.
— Mateus? — Perguntou o homem.
— Sim, e você é o Lázaro, né?
— Isso mesmo. — Sorriu.
Lázaro beirava os quarenta anos, tinha um nariz fino e barba malfeita. Suas bochechas estavam bem coradas por ele ser tão branquelo. Aparentava ser um homem boa pinta com seu sorriso torto, Mateus gostava disso. Usava uma camisa preta, com as mangas arregaçadas no cotovelo, que destacavam a farta pelagem em seus antebraços.
— Fica a vontade, querido. — Disse Lázaro enquanto fechava a porta do quarto.
Mateus atendeu o pedido e abriu a jaqueta de jeans que usava, retirando-a e deixando-a em uma mesinha. Estava de camiseta preta, justa, colocada por dentro da calça. Ao se sentar na beirada da cama redonda, fitou Lázaro animado ao ver que ele era realmente aquele das fotos que viu pelo celular.
O homem parecia charmoso, era alto, tinha voz grossa e suave. Do jeito que Velloso gostava. E não tinha cara de quem frequentava lugares como a Arena Esparta, o que era melhor ainda.
— Você é lindo, sabia? — Elogiou Lázaro sorrindo para Mateus.
— Você é que é. — Flertou.
— Sabe que... você desse jeito assim... — Disse se aproximando — Até me deixa mais excitado.
— É mesmo, é? — Sorriu malicioso enquanto se levantava e se aproximava — Faz tempo que eu tava precisando disso.
Nenhum dos dois queria perder tempo para fazer o que tanto esperavam. Mateus segurou o Lázaro pela cintura, enquanto este foi menos pudico e foi logo apertando a bunda do rapaz com as duas mãos por cima da calça. Não demorou para que os dois começassem a se beijar e a se agarrar.
Apertavam-se fortemente um contra o outro. Uma pegação intensa e descarada com beijos sedentos em que a língua de ambos até saltavam para fora. Primeiro, Lázaro tirou a camisa. Ele obcecou-se em pegar na bunda de Mateus, até enfiava a mão dentro da calça para tocar por dentro. O aperto causava algumas leves dores.
Depois, ele arrancou a camisa de Velloso velozmente e jogando-a no chão. O tecido quase rasgou com a brutalidade. Mesmo assim os dois continuaram se agarrando, pele com pele. Lázaro queria dominar todo o ato, antes mesmo do Gladiador pensar em qualquer coisa, já estava cheirando o pescoço dele, mordiscando os mamilos.
Mateus até queria poder apreciar melhor o corpo do homem ruivo, que tinha um torso pálido e levemente peludo, com mamilos tão pequenos e vermelhos. Mas Lázaro queria ter total controle. Virou-o de costas e o jogou contra a parede, agarrando-o por trás subitamente. E assim se deixou ser dominado.
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Arena Esparta: Além da Noite (Livro I)
RomanceDe noite eles mandam, de dia eles sobrevivem. Mais que um strip-club, a Arena Esparta é uma verdadeira arena do prazer. Um paraíso noturno em plena São Paulo. Quando as portas abrem, tudo pode acontecer. Os rapazes, ou melhor, Gladiadores, estimula...