Amar Jaspe Reese

Capítulo 4 - Estrutura.

Como é de costume todas as quartas nos juntamos na casa dos meus pais para um jantar, para conversarmos como está sendo nossa semana, não apenas no trabalho, mas também na nossa vida pessoal. Sei que isso é de extrema importância para a minha mãe, que tem medo de que trabalhemos muito, e nós esqueça do que também é importante.

Por mais que todos nos moremos juntos, alguns de nos sempre tem algum compromisso e quase nunca, estamos todos juntos na mesa, exceto nas quartas...

Trabalhamos muito e com muito orgulho, e a Reese's está crescendo mais a cada dia graças a isso.

Olho para a mesa e vejo meu pai bebendo um pouco do seu vinho enquanto fuzila meu irmão com o olhar; as gêmeas que também estão o encarando, e batendo seus talheres com força para demostrar sua raiva. E minha mãe que como sempre graciosa e educada do jeito que é, repreende todos eles em silencio com seu olhar severo. Sorrio, levando minha taça de vinho tinto até meus lábios.

- Onde você comprou esse vinho? – A voz diferente e nova a mesa dos Reese soa pela milésima vez e me faz lembrar de que hoje não estamos em família, o que explica a tensão e os olhares de desaprovação no ar.

- É de uma colheita especial dos amigos de Ryan. – Minha mãe a responde. – Eles abriram um pequeno vinhedo na Itália e mandaram algumas garrafas para experimentarmos. Você gostou?

Larissa se levanta e se estende por cima da mesa, pegando a garrafa na mesa e olhando seu rotulo com desdenho, sinto quando minha testa se franze e vejo minha irmã Cristal a olhando incrédula.

- Me desculpem a falta de educação. – Larissa diz voltando a se sentar. – É só para nunca deixar meu pai comprar dessa marca, além de desconhecido, o que já é péssimo, ainda é o pior vinho que já tomei na minha vida.

A mesa fica em um completo silêncio, em primeiro lugar porque é sua 10 reclamação do jantar, e em segundo porque não é verdade. E não é apenas porque o vinho vem de uns conhecidos do meu pai, mas porque é realmente bom, independente de ser uma marca conhecida ou não. Mas olhando para a mulher a minha frente em seus saltos Louboutin, entendo perfeitamente o que está acontecendo.

Olho para meu irmão Berilo e nego com a cabeça, demostrando mais uma vez minha desaprovação em ele trazer as mulheres que ele come, e não tem o mínimo interesse em manter na sua vida, para a mesa com nossa família. Vejo quando ele revira os olhos...

- Para mim já chega... – Pérola se levanta jogando seu guardanapo de tecido em seu prato enquanto olha para Larissa com sangue nos olhos.

- Pérola... – Cristal a chama.

- Pérola nada, o que espera que eu faça? Que fique aqui parada enquanto esse projetinho de mulher destila seu veneno e sua inveja em cima de nós? Que fique quieta porque a educação que a mamãe nos deu é maior que isso? Desculpa Cristal, mas essa é você e não eu. – Minha irmã diz a olhando, e volta a encarar para Larissa. – Larissa... Seu nome é Larissa, né? – Pérola diz, e vejo quando a namorada do meu irmão assente orgulhosa e minha irmã sorri debochada. – Fiquei quieta durante todo o jantar, aguentei você reclamando desde a entrada, até a sobremesa. Escutei sua voz fina e chata, e sua baboseiras de patricinha metida a rica, enchendo a porra do meu saco a noite inteira, pelo simples fato do meu irmão idiota, ter achado inteligente a ideia trazer sua foda do mês para jantar com a família. Mas deixa eu te contar um segredo... – Pérola diz saindo do seu lugar e indo até o lado em que a Larissa está, ela se abaixa como se fosse falar em seu ouvido, mas a olha nos olhos. – Não diminua a minha família, a porra do patrimônio inteiro da sua família, não é nem metade do que tem na minha conta particular, então se recolha no seu lugar de merda.