Capítulo XV: Aquilo que eu sinto em seu coração

579 65 61
                                    

*Gif do modelo que é inspiração para o personagem.*


Sébastien

– Então você recebeu um também.

Amora acrescentou entrando para dentro do quarto do namorado, o vendo segurar um arranjo de margaridas delicado com um envelope dourado com a marca do selo real do clã principal da capital de Portugal em cera derretida.

– Temos que concordar que as fadas sabem como enviar convites – Sébastien acrescentou abrindo o envelope, deixando o arranjo de margaridas brancas, amarelas e lilases sobre sua escrivaninha – Como as que você recebeu esse também é outro pedido de desculpas.

Explicou lendo a carta, sabendo que Amora tinha recebido uma por dia desses desde domingo.

– Ele não conseguiu uma resposta comigo e agora está tentando com você. Não sei dizer se ele é convencido ou desesperado. Talvez os dois.

Amora respondeu irritada, se sentando sobre a cama de Sam.

– Ele me pareceu mais para o tipo confiante pelo tempo que passamos juntos naquele dia. E no outro dia que ele falou comigo também, para ser honesto.

– Bom para ele.

Retrucou, ela não sabia o que sentir em relação a toda essa confusão, então estava reagindo pela emoção que sentia no momento. Sébastien conseguia ver isso com clareza.

– Faz uma semana desde o ocorrido, e sei que concordamos em não falar sobre o assunto até você se sentir mais calma, mas acho que deveríamos. Você e eu, principalmente.

– Não vou casar com ele. Não sei nem mesmo se eu quero me casar um dia. E essa decisão deveria ser só minha.

– E você está certa, mas acho que já entendemos que não temos o luxo de ter muitas decisões próprias como a maioria tem.

Acrescentou se aproximando da namorada. Ele queria enterrar o assunto da mesma forma que ela queria, mas ignorar esse problema não iria adiantar. E eles tinham ficado bons em ignorar as coisas para sobreviver ao presente, mas aquilo também tornava aquele habito um vício perigoso.

– Sei que você acha que eu deveria voltar lá. Consigo sentir. Igual eu sei que a Lexa ainda está brava contigo por causa disso.

– O que eu penso ou deixo de pensar em certos assuntos não são importantes. Mas se você me permite eu realmente acho que você deveria voltar – disse honesto, segurando suas mãos, sentindo os dedos gelados de Amora – Essa oportunidade com o festival pode te ajudar a se conectar com toda uma parte de você que nós, como bruxos, não podemos te dar. E perder essa oportunidade por causa de algo que sua mãe fez só daria mais controle a ela sobre sua vida, e você não pode deixar.

– Então eu só volto lá como se nada tivesse acontecido?

Perguntou confusa.

– Não, você pode voltar e dizer o que pensa e pegar só o que achar que deve e se tornar a pessoa completa que você deveria ser. Tanto bruxa, quanto fada.

– Eles sempre querem me usar para alguma coisa, então como eu poderia confiar em qualquer um deles?

– Use-os também. Faça o jogo virar. Não deixe que a realeza feérica dite as regras de como você vai aprender ou se portar dentro da sociedade deles, se eles querem você, faça ser nos seus termos e somente dessa forma. E se eles não gostarem, nós achamos outro jeito de te ajudar a se conectar com essa parte de você. Eles terão que ouvir, e o senhor Gao garantiu que Siobahn não pode força-la a nada.

Bruxos&Demônios, vol. IV - Perda&TormentaOnde histórias criam vida. Descubra agora