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—  POV MANOELA TRINDADE

1 mês depois

Já estava quase no final do ano, faltava apenas 2 semanas pra chegar dezembro e com isso a formatura, todos na escola estavam ansiosos com isso e não paravam de falar da festa que teria depois só pros alunos.

Era sexta-feira, 11h30, eu estava na casa do Gabriel ainda de uniforme e a gente conversava sobre a formatura, aliás desde aquela vez que fomos pra praia juntos nós não desgrudamos mais, ele se tornou meu melhor amigo e é a pessoa que mais confio de contar as coisas. Até pra ir comprar um pão eu chamo ele pra ir junto e o garoto vai numa boa, algumas pessoas maldam a nossa relação mas nunca rolou nada, não vou mentir e dizer que nunca pensei como seria se isso acontecesse de a gente ficar porque eu já pensei, as pessoas na escola pensam que a gente namora porque em todos os intervalos ele fica junto comigo e às vezes até foge de algumas aulas pra me fazer companhia no pátio.

Já rolou umas chateações entre a gente, tipo quando ele começou a ficar com a Giovana lá da escola e simplesmente nem tinha tempo pra me ouvir reclamar das coisas, então eu fiquei com raiva e parei de falar com ele mas não durou muito, em 2 dias ele parou de ficar com ela e voltou a me encher o saco.

(Gabriel): Os moleques da minha sala estão doidos pela festa porque um deles vai pegar a Juliana – ele estava deitado em um sofá e eu no tapete da sala.

(Manoela): O sonho de todos os garotos daquele colégio é pegar a Juliana, não consigo entender...

(Gabriel): Ah ela é gata, Manu – arqueei uma sobrancelha pra ele – o que foi? não vou dizer que nunca pensei em ficar com ela, estaria mentindo – tentei parecer tranquila com aquilo, mas estranhamente me senti incomodada de ouvir ele falando dela.

(Manoela): Ela é bonita, mas não é isso tudo que vocês falam – falei levantando e indo até a cozinha beber água.

(Gabriel): Ah ela é sim e ainda é gostosa – veio atrás de mim - ela já rendeu pra mim uma vez.

(Manoela): Ok, Gabriel, chega. Não quero mais falar da Juliana – sorri forçada e bebi a água, ele me olhou estranho mas deixou o assunto de lado.

(Gabriel): O que a gente vai fazer hoje? – encostou no balcão da pia.

(Manoela): Nada, eu preciso estudar – mentira.

(Gabriel): Qual foi, Manu, as provas são na semana que vem! Você tem esse final de semana pra aproveitar - tentou me convencer mas eu realmente não queria fazer nada, queria só ir pra casa tentar entender o motivo do meu estômago estar embrulhado ainda por causa do assunto: Juliana.

(Manoela): Não quero fazer nada... - ele ficou quieto me olhando, parecia me analisar - eu vou pra casa. - coloquei o copo na pia e fui buscar minha mochila na sala.

(Gabriel): Você ficou estranha de repente - veio andando atrás - o que foi?

(Manoela): Nada ué, eu tô normal - eu parecia um robô falando.

(Gabriel): Não tá não, me fala o que foi - me abraçou por trás com seus braços em cima do meu ombro e eu travei, aquilo não devia causar nenhum efeito em mim até por que ele sempre faz isso.

(Manoela): Não foi nada, eu só não tô me sentindo bem e preciso ir embora - tirei seus braços de mim e coloquei minha mochila nas costas.

(Gabriel): Tudo bem... - foi até a porta junto comigo e apenas o abracei rápido pra me despedir, fui pra casa correndo na esperança de encontrar minha mãe lá.

A sensação entranha continuava em mim.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora