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— POV GABRIEL MEDINA

Me aproximar da Manu foi a melhor coisa que fiz, eu gosto de estar com ela e principalmente de encher o saco, é engraçado ver ela ficando com raiva mas não durando nem 5 minutos.
A minha mãe e meus amigos vivem dizendo que a gente ainda vai namorar e que eu gosto dela, mas não sei se consigo olhar pra ela de outra forma, antes de conhecer ela eu pensava em ficar com ela e achava ela atraente mas agora eu tenho respeito, antes era só atração. Não vou dizer que não penso em de repente ficar com ela, mas me parece algo longe acontecer.

Depois que ela foi embora lá de casa fiquei confuso, eu sabia que ela tava mentindo sobre não estar se sentindo bem mas resolvi não insistir no assunto, minha mãe chegou logo em seguida e não parava de perguntar o que tinha acontecido pra mim estar com aquela cara de perdido.

(Gabriel): A Manu tava aqui e a gente tava conversando, aí do nada ela ficou estranha e disse que ia embora – ela me ouvia enquanto fazia o almoço, eu tava escorado no balcão.

(Simone): Mas o que você disse?

(Gabriel): A gente tava falando dos moleques que querem ficar com uma garota lá da escooa e aí ela disse que a garota não é tudo isso que a gente fala, e então eu falei que é sim e que eu ficaria com ela e aí ela ficou estranha e quis mudar de assunto – na mesma hora minha mãe parou e virou pra mim com uma sobrancelha arqueada.

(Simone): Jura que não sabe porque ela ficou estranha? – eu tentava pensar o mais rápido possível.

(Gabriel): Porque ela não gosta da garota...? – ela fez cara de quem queria dizer "você é muito lerdo".

(Simone): Meu filho, ela ficou com ciúmes e isso significa que ela gosta de você – comecei a rir.

(Gabriel): Isso não é possível, a gente tá falando da Manu! Ela não gosta de ninguém – continuei rindo e tentando me convencer disso.

(Simone): Você é homem, Gabriel, não sabe perceber as coisas.

(Gabriel): Mãe, ela é minha melhor amiga, ela me conhece tão bem ao ponto de saber que seria um erro gostar de mim.

(Simone): Não entendi, por que seria um erro? Você não conseguiria gostar dela também?

(Gabriel): Não sei...

(Simone): Não me diga que não gosta dela também, eu sei que gosta! Você só não percebeu. Dá pra ver pelo jeito que trata ela - aquilo só podia ser piada.

(Gabriel): Eu não gosto dela assim, mãe. Quer saber, esquece, finge que isso não aconteceu - saí andando pro meu quarto.

Passei o resto do dia pensando nisso e me questionando, nem ir surfar com meus amigos eu consegui ir, de noite mandei mensagem pra Manu e ela me respondeu rápido. Na verdade não tinha churrasco nenhum marcado, mas agora eu teria que marcar e deixei que os moleques chamassem todo mundo.
Mesmo não confiando 100% neles pra isso, toda vez que marcamos um simples churrasco acaba virando uma festa por que os moleques não sabem convidar pouca gente.

Eles não tem juízo mas se der alguma merda vou ter tempo de consertar já que meu pais vão demorar pra voltar.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora