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—  POV MANOELA TRINDADE

Almoçamos em uma completa harmonia, o Gabriel perdeu o nervosismo e fazia até piada com meu avô.

(Clara): Que horas vocês vão? - perguntou enquanto nos servíamos da sobremesa.

(Manoela): Daqui a pouco, só vamos descansar o almoço - ela assentiu com a cabeça.

(Sophie): Vão pra onde? - perguntou curiosa.

(Manoela): Pra Angra, vó.

(Sophie): Só vocês dois? - cerrou os olhos pra gente e caímos na gargalhada.

(Gabriel): Não, vai um grupo de amigos nossos também - falou sem graça e minha avó ainda nos olhava desconfiada.

(Manoela): Não vem com aquela história de novo, por favor - eu sabia que ela ia falar de bisnetos.

(Sophie): Mas eu não nem ia falar nada - disse sonsa, nós rimos e terminamos a sobremesa.

Depois meus avós entraram pra tirar o cochilo deles e minha mãe estava na sala assistindo alguma coisa na televisão, nós fomos pro quarto e o Gabriel se jogou na cama assim que entramos.

(Gabriel): Qual era a história que você tava falando? - sabia que ele ia perguntar.

(Manoela): Nada demais, coisa da minha avó - dei de ombros e procurei uma roupa na minha mala pra deixar separada já.

(Gabriel): Me conta, eu fiquei curioso - bateu no espaço do seu lado pra que eu deitasse e eu fui.

(Manoela): Ela estava me pressionando dizendo pra eu dar bisnetos pra ela logo - ele riu.

(Gabriel): E o que você falou?

(Manoela): Que eu não vou ter filhos nem tão cedo - não contei a parte do "porque eu não namoro com ele".

(Gabriel): Mas eu quero ter filhos cedo - disse me olhando e eu arregalei os olhos.

(Manoela): Gabriel, pelo amor de Deus! - ele riu - eu ainda tenho muita coisa que quero fazer antes de ter filhos - eu olhava pro teto e pensava em tudo o que queria fazer.

(Gabriel): Tudo bem, mas a gente pode ir treinando - disse beijando meu pescoço e meu corpo inteiro arrepiou.

(Manoela): Você não presta - ele riu e deitou por cima de mim - não temos tempo pra isso, eu ainda tenho que tomar banho - ele me calou com um beijo.

(Gabriel): Eu prometo que vou ser rápido - disse no meio do beijo e eu ri.

(Manoela): Não quero que seja rápido - nos separamos quando faltou ar - mas você pode tomar banho comigo - falei fazendo carinho no seu rosto ele sorriu safado.

(Gabriel): Como a gente vai fazer em Angra? Eles não sabem que a gente tá ficando - disse vestindo sua roupa e eu também depois de termos tomado banho.

(Manoela): Não vamos transar, simples - falei como se fosse óbvio, mas eu estava brincando, a sua cara de incrédulo era ótima.

(Gabriel): Quê? 5 dias junto com você e não vamos transar? - ele parecia realmente indignado e eu comecei a rir.

(Manoela): Relaxa, a gente dá um jeito - passei meus braços pelo seu pescoço e deu um selinho nele - apesar que você não vai morrer se não fizer sexo por 5 dias.

(Gabriel): Se você não estivesse junto eu aguentaria numa boa mas você vai estar na mesma casa que eu, desfilando essa bunda gostosa na minha frente o dia inteiro - deu um tapa na minha bunda que me fez soltar um gritinho.

(Manoela): Posso ficar aqui e você vai - falei perto dos seus lábios, ele tinha perdido qualquer linha de raciocínio e eu me divertia com isso.

(Gabriel): Quê? - ele estava perdido olhando pra minha boca - você tá me deixando maluco, Manoela - avançou nos meus lábios de um só vez e me deu impulso pra enlaçar minhas pernas na sua cintura.

(Manoela): A gente tem que ir - murmurei no meio do beijo e ele já entrava com suas mãos
por baixo da minha blusa.

(Gabriel): Temos, mas você me provocou - nos separamos mas eu permanecia no seu colo.

(Manoela): Eu não fiz nada - gargalhei e ele apertou minha bunda, me dando um último beijo.

(Gabriel): Vamos sair daqui antes que eu queira te comer de novo - eu que sempre detestei esses palavreados, amava quando era ele quem dizia.

Guardei minha roupa na mala e só ficamos esperando o Fabão nos buscar, me despedi dos meus avós e da minha mãe, não deixamos de ouvir um "Juízo vocês dois!" e então pegamos a estrada. Eu achava que nós íamos de carro, mas pra minha surpresa o carro parou em um heliponto.

(Manoela): Nós vamos de helicóptero? - perguntei chocada e ele e Fabão riam da minha reação.

(Gabriel): Surpresa! - falou apontando pro helicóptero e nós fomos até ele, eu parecia uma criança, ficava admirada com tudo mas senti uma pontada de medo quando já estava no alto - Que foi?

(Manoela): Dá um medo olhar tudo do alto - falei segurando sua mão e eu a apertava com um pouco de força.

(Gabriel): Não vai acontecer nada, fica tranquila - beijou minha mão e sorriu confortante, me senti um pouco mais aliviada e até consegui tirar algumas fotos e gravar uns vídeos da vista.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora