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— POV MANOELA TRINDADE

Meu final de semana foi resumido em estudar igual uma doida, tive que pegar matéria que tinha perdido e colocar em dia, me virei pra aprender algumas coisas pendentes.

No sábado eu, minha mãe e Alice passamos a manhã juntas, fizemos o almoço juntas e passamos uma parte da tarde assistindo filmes, eu e minha mãe tínhamos conversado que seria bom pra ela fazer terapia pra ela cuidar da saúde psicológica e emocional dela, ela concordou e me prometeu que se cuidaria.

De noite eu voltei a estudar e acabei me deparando com um e-mail de intercâmbio que eu tinha me interessado no começo do ano, iriam abrir vagas em faculdades em Los Angeles e tinham algumas bolsas pro Hawaii, pensei bastante e achei que devia pelo menos tentar e se fosse pra ser ia ser. Fiz minha inscrição e teria que fazer a prova no próximo final de semana, o que era sinal de que eu teria que estudar mais um pouco.

Já eram quase 02h00 quando eu estava terminando de revisar algumas matérias, meus olhos já queriam fechar sozinhos e meu celular vibrou com mensagens.

"(Gabriel): ainda tá acordada essa hora? - 01h40

(Gabriel): o que tá fazendo? - 01h40

(Manoela): estudando 🤦🏼‍♀️- 01h41

(Manoela): e como sabe que tô acordada? - 01h41

(Gabriel): a luz do seu quarto tá acesa e a porta da sua varanda tá aberta - 01h41

(Manoela): você não tá aqui, tá? - 01h42

(Manoela): Gabriel? - 01h43

(Manoela): cacete, cadê você? - 01h44"

Ele visualizava e não respondia, acabei indo até a varanda do quarto e dava pra ver ele sentado na beira da calçada da rua, coloquei um casaco e desci as escadas em total silêncio pra não acordar ninguém, a tarefa mais difícil foi fechar a porta sem fazer barulho.

(Manoela): Você é louco? O que tá fazendo aqui? - falei um pouco baixo já que meus vizinhos provavelmente me ouviriam fácil, o Gabriel levantou da calçada e veio até mim.

(Gabriel): Eu tava sem sono e com saudade de você - me apertou em um abraço.

(Manoela): E então resolveu vir na minha casa no meio da madrugada? - ele assentiu com a cabeça - não quero nem saber como você conseguiu entrar no condomínio - nos afastamos pouco mas seus braços ainda estavam em volta da minha cintura.

(Gabriel): O porteiro já me conhece e ele entendeu que eu precisava te ver - ele era inacreditável.

Nossos lábios se uniram em um beijo calmo e uma das suas mãos foi pra minha nuca, puxando alguns fios do meu cabelo. É incrível como que quando alguma coisa é errada ela fica melhor ainda, estava de madrugada, eu corria o risco dos meus vizinhos me verem ali ou de a minha mãe acordar de repente e perceber que eu não estava no quarto, aí daria merda.

Terminamos o beijo com selinhos e ele colou
nossas testas.

(Manoela): Você precisa ir, daqui a pouco aparece algum vizinho fofoqueiro e ele vai me dedurar pra minha mãe - ele riu e nós nos afastamos um pouco.

(Gabriel): Tá bom, eu só precisava de um beijo pra conseguir dormir bem - me deu um selinho rápido e já estava indo embora em passos lentos.

(Manoela): Toma cuidado e quando chegar me avisa - pedi preocupada e ele sorriu, voltando rápido pra me beijar de novo - vai embora, cara - o empurrei e ele foi embora rindo

(Gabriel): Boa noite, Manu! - disse quando já estava longe e eu apenas acenei.

Entrei em casa com todo cuidado do mundo, até tirei o chinelo pra não correr o risco de fazer barulho.
Dormi tão bem que nem parecia que tinha ficado acordada até tarde.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora