6.

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—  POV MANOELA TRINDADE

Entrei em casa igual um furacão e minha mãe me olhou assustada, entrei no meu quarto e fui tomar um banho antes de ir falar com ela, quando saí do banheiro ela já estava sentada na minha cama me esperando.

(Clara): O que houve? Entrou igual um furacão – enrolei meu cabelo na toalha e sentei do lado dela.

Contei tudo pra ela e a mesma apenas me olhava atenta.

(Manoela): E eu não sei porque tô me sentindo assim, quando ele ficava com a Giovana eu nem liguei só fiquei chateada por ter sido trocada, mas agora ele só falou de uma garota e eu me sinto estranha, parece que... – ela me interrompeu.

(Clara): Filha, você gosta dele e isso que você tá sentindo é ciúmes – arregalei os olhos.

(Manoela): Não, mãe! Eu não gosto dele, tá doida? Deus me livre – ela me olhou rindo.

(Clara): Você é tão ingênua que nem sabe quando sente alguma coisa por alguém, eu era assim mesmo. Relaxa, não tem problema nenhum você gostar dele – aquilo parecia um absurdo pra mim.

(Manoela): Não, eu não posso gostar dele! Isso não é recíproco e ele é meu melhor amigo.

(Clara): Você não sabe se é recíproco, não contou pra ele ainda.

(Manoela): E nem vou, já imagino a cara dele e ainda posso perder meu amigo, isso seria um desastre – minha mãe me olhava rindo, como ela podia rir daquela situação.

(Clara): Se não contar nunca vai saber se daria certo, mas tudo bem, a decisão é sua. Não precisa fazer tempestade num copo d'água, é só uma paixãozinha – coloquei as mãos no rosto sem acreditar.

Passei o resto do meu dia pensando naquilo, as meninas me mandaram centenas de mensagens me chamando pra fazer alguma coisa mas eu não conseguia nem pensar em sair de casa e correr o risco de dar de cara com o Gabriel em algum lugar. Chamei elas pra dormir aqui em casa e de noite elas apareceram, não queria contar sobre o que tinha acontecido mas elas perceberam que eu tava muito aérea. Então contei.

(Chloe): Eu sabia que isso ia dar em alguma coisa!

(Laura): Amiga, você tem que contar pra ele! – estávamos sentadas na beira da piscina.

(Manoela): Não mesmo, ficaria um clima chato entre a gente.

(Chloe): Mas e se ele também gosta de você só nunca contou? – eu não tinha parado pra pensar nisso.

(Manoela): Se ele gostasse não teria chamado a Juliana de gostosa bem na minha frente - elas ficaram quietas.

Passamos o resto da noite assistindo comédias românticas e comendo brigadeiro, meus pais e minha irmã já tinham ido dormir e as meninas dormiam no sofá, só tinha eu acordada. Meu celular chegou notificação e meu coração acelerou quando vi quem era.

"(Gabriel): espero que já esteja se sentindo melhor. não sei se fiz alguma coisa, mas se fiz eu peço desculpa"

Eu li umas mil vezes até conseguir responder.

"(Manoela): tô melhor, e fica tranquilo você não fez nada"

Ele visualizou na mesma hora.

"(Gabriel): domingo meus pais vão sair e os mlk vão fazer um churrasco aqui em casa, quero que você venha e chama a Chloe e Laura também

(Manoela): ok"

Foi só o que conseguiu responder e ainda confirmei sem ter certeza se poderia ir na festa.

A chance de sair do controle era alta, os amigos do Gabriel não tem juízo e nem responsabilidade, isso vai virar uma enorme bagunça.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora