8.

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—  POV MANOELA TRINDADE

No domingo acordei cedo e aproveitei que estava de bobeira pra acompanhar minha mãe na academia, fazia tempo que não ia naquele lugar, eu só pagava mas nunca ia.
Cheguei em casa e já era 12h30, corri pro meu quarto e me arrumei em tempo recorde, avisei minha mãe que já estava indo pra casa do Gabriel e ouvi apenas um: "Juízo!"

Chloe e Laura me encontraram na entrada do condomínio do Gabriel e então fomos juntas, assim que entramos naquela casa tive a certeza de que Simone não estava mesmo por ali por que se estivesse isso não estaria acontecendo. A casa estava cheia, a escola quase que inteira estava ali e outras pessoas que eu não fazia ideia de quem eram, a música estava extremamente alta e tinham pessoas espalhadas por todos os cantos, uma verdadeira bagunça.

(Chloe): Achei que seria só pra alguns amigos - falou alto no meu ouvido por causa da música.

(Manoela): Eu também achei.

Nós passamos pelas pessoas procurando um lugar pra ficar e graças a Deus tinham cadeiras perto da piscina, as meninas ficaram ali conversando com algumas pessoas e eu resolvi entrar pra ver se achava o Gabriel. Olhei em todos os lugares e nada dele, até que resolvi ir no seu quarto, bati na porta e ouvi um "entra!".

(Gabriel): Achei qu... - parou de falar quando me viu e sorriu aberto - Manu! - disse vindo me abraçar.

(Manoela): A sua casa está uma bagunça, desde quando conhece tanta gente assim? - me joguei na sua cama e ele entrou no banheiro, deixando a porta aberta enquanto terminava de se arrumar.

(Gabriel): Acredite, eu não falo nem com a metade, os moleques que ficaram de convidar todo mundo e pelo visto fiz besteira em confiar isso neles - ri concordando.

Ele saiu do banheiro mais cheiroso que o normal e fechei os olhos por alguns segundos guardando aquele cheiro tão bom.

"Se controla, Manoela!" – pensei.

(Manoela): É... eu vou descer, as meninas já devem estar me procurando - levantei rápido da cama e já fui saindo sem deixar que ele respondesse, quando fechei a porta atrás de mim dei de cara com Juliana, ela tinha um sorriso falso no rosto.

(Juliana): Oi, Manoela, o Gabe tá aí? - perguntou já colocando a mão na maçaneta, não tive tempo de responder já que o Gabriel abriu a porta.

Ele não me parecia tão surpreso quanto eu ao vê-la ali, ficou um silêncio constrangedor até Juliana tomar a iniciativa e passar por mim entrando no quarto. Eu sentia uma pontada horrível no peito, nem tive coragem de virar pra trás pra encarar o Gabriel, desci as escadas quase que correndo e esbarrando em todas as pessoas que estavam na minha frente até encontrar as meninas.

(Laura): O Gabriel é um babaca mesmo - disse furiosa depois de eu contar o que vi, me mantive calada enquanto elas arranjavam todos os xingamentos possíveis para ele que não demorou pra aparecer no quintal acompanhado da mesma garota.

Ela não tirava o sorriso do rosto, já ele parecia sem graça, ficou o tempo todo junto com seus amigos e Juliana hora ou outra ia no meio se jogar pra cima dele. Precisava esquecer aquilo e me distrair então chamei as meninas pra entrar na piscina, elas concordaram e nós pulamos de uma vez, algumas atenções foram pra gente por termos jogado água em algumas pessoas. Passamos um bom tempo na piscina conversando.

(Chloe): Hum acho que a bonitinha também vai entrar - disse olhando pra trás de mim, eu sabia quem era.

(Manoela): Então acho que já tá na hora da gente sair - ela assentiu e Laura também.

As meninas saíram e eu fui em seguida sendo surpreendida por alguns olhares, não querendo me gabar mas eu tenho um corpo bonito, não me deixei intimidar pelos olhares e alguns assobios, meus olhos foram imediatamente até Gabriel que me olhava focado, não vou dizer que não gostei de ver isso.

(Gustavo): Amiga, que bundão é esse - disse chocado e eu ria - me fala o que você tá tomando porque eu também quero.

(Manoela): É minha genética que é muito boa mesmo - ele riu e ficou um tempo conversando com a gente.

Eu nunca fui de beber até porque ainda era de menor mas estava perto de casa então não vi mal em beber um pouquinho. Foi o suficiente pra me deixar menos tímida e fazer eu me juntar as meninas e algumas outras pessoas que dançavam o samba e o pagode que tocava.
Naquele momento eu consegui me distrair, começou a tocar funk e eu não aguentei, sempre dançava nas festas com as meninas mas era mais entre a gente.
Os olhares foram diretamente pra gente que rebolava como se não houvesse ninguém ali prestando atenção.

A gente só queria aproveitar, sem adultos pra controlar e nem ninguém pra julgar, a maioria ali já estava bêbado mesmo.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora