12.

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—  POV MANOELA TRINDADE

De certa forma o cafuné que ele fazia em mim estava me ajudando a me acalmar.

(Gabriel): Como você tá se sentindo?

(Manoela): Péssima, eu não aguento ver a minha mãe chorando todos os dias, não aguento ver a Alice sempre perguntando por ele e eu não posso fazer nada, só consigo sentir raiva dele por fazer isso com a gente.

(Gabriel): Desculpa, mas ele é um babaca - ele parecia com raiva também agora.

(Manoela): Ele é mesmo. Ele nunca foi o pai mais grudento e preocupado, mas ele devia ter o mínimo de consideração e me ligar dizendo que pelo menos sente muito - me afastei um pouco e sequei uma lágrima teimosa, Gabriel fazia carinho na lateral de meu rosto.

(Gabriel): Vai ficar tudo bem, você pode contar comigo pra o que precisar, você sabe - sorri sem mostrar o dentes - eu tô aqui pra você sempre.

(Manoela): Eu sei, obrigada - voltei pro seu abraço - te amo muito.

(Gabriel): Eu te amo mais - deu um beijo no topo da minha cabeça e mais uma vez agradeci a Deus por ter o Gabriel na minha vida.

[...]

Passamos bastante tempo conversando sobre coisas aleatórias, ele tava deitado todo esparramado na minha cama e eu do lado deitada com as pernas encostadas na cabeceira da cama.
De repente ficou um silêncio constrangedor e nos olhávamos sem saber o que falar, mas eu tinha que tocar no assunto.

(Manoela): A gente precisa falar sobre aquilo? - perguntei receosa.

(Gabriel): Eu não sei, acho que sim...

(Manoela): Ok - a gente continuava se olhando.

(Gabriel): Eu queria que tivesse rolado, mas o Danilo... - fez uma careta.

(Manoela): Eu também queria, mas eu tava pensando... - parei um tempo pra organizar meus pensamentos - você ficou com a Juliana naquele dia, era o que você tanto queria então porque quis ficar comigo? Eu sou só sua melhor amiga e não a garota mais gostosa da escola - falei tudo o que queria.

(Gabriel): Ela não é tudo o que falam, bem que você disse - rimos - eu não sei explicar, eu só quis ficar com você e você não tava aliviando pra mim rebolando daquele jeito - tampei o rosto com as mãos lembrando daquilo e sentindo uma pontada no peito ao perceber que aquilo era só atração pra ele e não sentimentos.

(Manoela): Eu não estava completamente sóbria, desculpa - ele riu junto comigo - se fizer vergonha toda vez que beber então acho que nunca mais vou beber na minha vida.

(Gabriel): Você não fez vergonha, aliás você dança bem - me senti envergonhada mas agradeci.

(Manoela): A gente podia pedir alguma coisa pra comer - sugeri pra mudar de assunto.

(Gabriel): Eu apoio principalmente se for pizza - acabamos concordando de pedir pizza e na hora que chegou eu desci pra buscar, minha mãe estava com a Alice na sala e as duas estavam arrumadas.

(Manoela): Vocês vão sair? - perguntei indo até a porta e pegando a pizza.

(Clara): A Simone chamou a gente pra dar uma volta na praça e comer alguma coisa, eu acho que vai ser bom pra me distrair um pouco - assenti com a cabeça.

(Manoela): Também acho - ela sorriu - a gente só vai comer e daqui a pouco o Gabriel vai embora, tudo bem? - já sabia que ela ia dizer que estava tudo bem porque isso sempre rolava de o Gabriel passar a noite lá em casa.

(Clara): Tudo bem, só tenham juízo - brincou

Olhei pra ela incrédula e a mesma começou a rir com a Alice.

As duas saíram assim que uma buzina ecoou do lado de fora da casa, dei um beijinho em cada uma e elas foram.
Passei na cozinha pra pegar guardanapos e copos, levei tudo pro quarto.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora