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— POV MANOELA TRINDADD

A curva que seu sorriso fazia no seu rosto era simplesmente perfeita e a forma como seus olhos fechavam quando ele sorria aberto me encantava. Tudo nele me encanta.

(Gabriel): Porque tá me olhando assim? - falou sem graça e eu sorri.

(Manoela): Só to admirando sua beleza - foi a vez dele sorrir e se aproximar tocando meus lábios em um beijo calmo e cheio de saudade, passei uma semana sem aquele beijo e não fazia ideia do quanto sentia falta.

As coisas foram esquentando, o beijo era mais intenso e eu fiquei por cima do Gabriel sem soltar seus lábios, suas mãos deslizavam da minha perna até a cintura, parando na barra da minha blusa e a levantando devagar.

(Gabriel): Espera - nos separamos do beijo - tem certeza que você quer fazer isso?

(Manoela): Tenho, quero que seja com você - ele sorriu e em um instante minha blusa foi lançada em algum lugar do quarto, nossas peças de roupa foram arrancadas rapidamente.

Invertemos as posições e ele fazia uma trilha de beijos que ia do meu pescoço até meus seios, ele apertava um enquanto chupava o outro, me fazendo fechar os olhos sentindo-o, seus beijos foram descendo até ir no ponto bem no meio das minhas pernas. Tomei um susto quando senti sua língua explorar meu ponto de prazer, ele sabia fazer direito e eu estrangulava um grito, mas os gemidos saíam mesmo que eu tentasse controlar.

(Gabriel): Se eu te machucar me fala - pediu e eu assenti.

Ele me penetrou devagar depois de colocar a camisinha e eu sentia uma dor que incomodava um pouco, me fazendo morder os lábios com força.

(Gabriel): Tô te machucando? Quer que eu pare? - perguntou parando.

(Manoela): Não, continua - falei olhando nos seus olhos e ele sorriu.

Depois de algumas entocadas me acostumei com o incômodo e me permiti sentir o prazer daquilo, o Gabriel fazia movimentos rápidos e me beijava pra amenizar meu gemido. Caímos cansados na cama mas cada um tinha um sorriso de satisfação nos lábios.

(Gabriel): Se a gente for matar a saudade sempre assim então acho que vou ter que viajar mais - brincou me puxando pra deitar no seu peito e eu ri.

(Manoela): Cala a boca, você estraga o clima - rimos e não demorou pros meus olhos pesarem, eu não queria pensar em mais nada além de nós dois ali.

Aquela noite ficaria marcada em mim pra sempre. Foi com uma pessoa incrível e foi incrível.
Eu nunca tinha me sentido segura de dormir com ninguém, era sempre uma ficada mas não ia além. Com o Gabriel me senti confortável e segura de fazer isso, ele respeitou meu corpo, minhas vontades e não me pressionou ou colocou expectativas demais em mim.

[...]

Senti beijos pelas minhas costas nua me acordando de manhã.

(Gabriel): Acorda, preguiçosa - falou no meu ouvido e com toda preguiça me virei de frente pra ele.

(Manoela): Só mais 5 minutinhos - pedi ainda com os olhos fechados e ele riu.

(Gabriel): Mas eu quero aproveitar o dia com você - abri os olhos devagar e o observei me olhar atento, com certeza eu só tava de olho aberto porque minha mente continuava dormindo.

Depois de muito enrolar e me espreguiçar tomei coragem e fui pro banheiro tomar um banho pra despertar, vesti a roupa que usava ontem e fiquei só esperando o Gabriel terminar seu banho.

(Manoela): Gabriel... - falei um pouco perdida quando estava arrumando a cama e tinha sangue no lençol, ele veio até mim e viu o mesmo.

(Gabriel): Tá tudo bem, é só trocar o lençol - ele tirou o lençol e saiu do quarto com o mesmo, voltando depois com as mãos vazias.

Era estranho pensar que ele estava tranquilo vendo aquilo quando eu mesma fiquei perdida, já sabia que na primeira vez sangrava um pouco mas fiquei perdida mesmo assim.

Descemos pra tomar café junto com todo mundo e mesmo sendo segunda-feira nós marcávamos de ir pra praia mais tarde.

Depois de um café regado da tia Si, me despedi de todos e fui embora com a Chloe, resolvemos ir andando mesmo já que estava cedo então não tinha perigo.

(Chloe): Você tá muito felizinha pra uma segunda-feira - comentou e eu fiz minha melhor cara de desentendida.

(Manoela): Mas eu tô normal - mentirosa.

(Chloe): Me conta logo, vocês transaram, não foi? - arregalei os olhos olhando em volta pra me certificar que não tinha ninguém por perto.

(Manoela): É... - falei envergonhada e ela me olhava sorrindo.

(Chloe): Eu sabia! - disse um pouco alto e nós ríamos - E como foi? Foi bom? - era um tanto constrangedor conversar sobre aquilo na rua.

(Manoela): Foi ótimo - ela me olhava sorrindo a todo momento.

(Chloe): Você vai ter que me dar detalhes - gargalhei.

Nós fomos conversando um pouco mais até o condomínio e até entramos no assunto da Laura, eu não era a única que estava encucada com aquilo.
Procuramos ela pelas redes sociais e descobrimos que levamos unfollow em todas elas e as fotos que tínhamos juntas no feed foram arquivadas.

(Manoela): Você acha que o Farias tem razão? Será que ela sente alguma coisa pelo Gabriel?

(Chloe): Olha, eu sempre achei meio estranho o jeito que ela sempre tentava cortar o assunto quando a gente falava dele, mas achei que podia ser coisa da minha cabeça.

(Manoela): Eu também reparei isso, achei mais estranho ainda o jeito que ela olhou pra mim e pra ele naquele dia do meu aniversário no pátio da escola.

(Chloe): Será que tem alguma coisa aí, amiga? - nos questionamos.

(Manoela): Tenho até medo de descobrir.

Aquela pulga estava atrás da minha orelha mas não valia nem a pena tocar no assunto, ela decidiu afastar a gente e seguir a vida dela então vamos deixar as coisas como estão.
Melhor assim do que mexer no que não se deve.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora