76.

544 44 2
                                    

— POV MANOELA TRINDADE

Sexo dentro de uma cabine pequena com um cara que é 1,80m de puro músculo é sufocante, eu queria gritar enquanto o Gabriel se enterrava dentro de mim mas ele me beijava pra abafar os gritos.

Sua nuca já estava toda arranhada e seu cabelo uma bagunça, a adrenalina de estarmos transando aonde não devíamos me fazia sentir ainda mais prazer naquilo.

Ele também controlava seus gemidos e isso tava me levando a loucura.

Já estava amanhecendo quando voltamos pra casa e o Farias que foi dirigindo dessa vez.
Meu nível de bêbada estava em alegre assim como o Gabriel, mas não posso dizer o mesmo do restante do nosso grupo.

Danilo e Miguel saíram da boate carregados.

[...]

Não bebi tanto mas mesmo assim não fui impedida de ter uma ressaca quando acordei, minha cabeça doía e meu corpo estava mole.

Tomei um remédio, um banho e logo comecei a arrumar minha mala já que iríamos embora de tarde.

(Chloe): Bom dia, princesa! - disse assim que entrei no quarto e depositei um beijo na sua cabeça.

(Manoela): Bom dia - respondi com um sorriso e ela entrou no banheiro.

Nós almoçamos, passamos um tempinho na piscina e quando foi 16h todos começaram a pegar suas coisas e colocar nos carros, nos dividimos de acordo com o lugar pra onde cada um iria.

Decidi voltar com Camila, Saulo, Pedro e Ricardinho porque eles vão ficar no Rio, e eu resolvi ir pra casa dos meus avós. Quero passar mais tempo com eles e ainda tenho algumas semanas pra organizar minha vida antes de começar uma nova fase.

(Gabriel): Ué não vai pra Maresias? - perguntou me vendo colocar a mala no carro do Saulo.

(Manoela): Não, vou pra casa dos meus avós. Quero passar um tempinho com eles antes de oficialmente começar o ano.

(Gabriel): Você não tá fugindo de mim, ou tá? - brincou.

(Manoela): Não, idiota - o empurrei mas ele me puxou pra perto - só quero passar um tempinho com eles, você pode vir comigo se quiser...

(Gabriel): Queria muito, mas você sabe...

(Manoela): Compromissos de campeão mundial - completei sua fala e ele assentiu - tudo bem, a gente se vê em algumas semanas.

(Gabriel): Promete? Vou ficar com saudade - fez um bico que eu beijei.

(Manoela): Prometo, vou sentir saudade também - ele sorriu e me beijou.

Gastamos longos minutos nesse grude, o pessoal colocava suas malas nos carros e o Gabriel não tava nem um pouco interessado em colocar a dele no carro também.

Ajudei Chloe a terminar de arrumar sua mala pra agilizar já que o Farias já tinha repetido 5x que a estrada estava com lentidão pra São Paulo.

Saímos de lá já passava de 17h, o caminho até a casa dos meus avós foi tranquilo, eu coloquei os fones de ouvido e fui escutando música até lá. Não estava afim de conversar e sem contar a dor de cabeça que ainda me castigava.

"(meu surfista): fala pro seu avô que eu mandei um abraço pra ele, você sabe que ele já gosta mais de mim do que de você.

(Manoela): não é uma disputada justa, você pratica o esporte que ele mais admira, eu nem pratico esporte nenhum

(meu surfista): agora sou o neto favorito

(Manoela): Cala boca, você não é neto dele!

(meu surfista): sou sim, ele me disse"

Revirei os olhos lendo aquela mensagem, ele é implicante em tudo mesmo.

O carro foi estacionado na entrada do condomínio e eu desci ali mesmo, me despedi de todos e peguei o caminho da casa dos meus avós.

(Clara): Manoela? Eu achei que você fosse pra Maresias - disse abrindo a porta pra mim depois de eu tocar a campainha.

(Manoela): Eu também mas decidi passar mais tempo aqui - falei dando um beijo na sua bochecha e passando por ela.

(Clara): Aconteceu alguma coisa? - perguntou preocupada me seguindo.

(Manoela): Não, só quero passar mais tempo com a minha vó e aproveitar alguns dias no Rio.

(Clara): Por que?

(Manoela): Meu Deus, mãe! - parei a olhando - qual o problema?

(Clara): Nenhum... - disse e antes que ela continuasse a campainha tocou mais uma vez.

Ela foi atender a porta ainda me olhando perdida, estranhei seu comportamento mas ignorei e fui pro meu quarto deixar as malas.

Avistei meus avós no quintal quando cheguei na cozinha mas antes que eu fosse até lá minha mãe apareceu no meu campo de visão com um homem do seu lado.

(Clara): Manoela, esse é o Vicente - eu ergui as sobrancelhas, surpresa.

(Manoela): Prazer te conhecer, Vicente - apertei sua mão e ele sorriu pra mim.

(Vicente): O prazer é todo meu - seu sorriso era amigável.

(Clara): Ela é a minha filha mais velha, não achei que fosse conhecer ela hoje mas ela decidiu vir pro Rio - ele assentiu.

(Manoela): E eu não entendi ainda quem é o Vicente - falei perdida mas já estava ligando os pontos.

(Clara): É meu namorado, sua avó o convidou pra jantar com a gente - bingo.

(Manoela): Nesse caso, seja bem-vindo, Vicente - sorri simpática - cuidado com a minha avó que as vezes ela é meio doida - brinquei e eles riram.

Nos juntamos aos meus avós no quintal e minha avó tinha montado a mesa do jantar lá, o tempo estava fresco e o céu estrelado, o clima era perfeito pra aquele momento.

Meu avô fez um medalhão com bacon que tava sensacional, nós jantamos em meio a uma conversa divertida e muito vinho.
Conhecemos um pouco mais sobre o Vicente, ele é aqui do Rio e conheceu minha mãe na adolescência e já tem um tempinho que eles começaram a sair pra ver no que dava e no ano novo ele decidiu pedir minha mãe em namoro.

Meu coração estava radiante vendo o sorriso sincero que minha mãe dá sempre ele conta uma piada ou simplesmente quando eles trocam olhares, é lindo de se ver.

(Alberto): Por que você não trouxe o surfista pro jantar? - perguntou enquanto comíamos a sobremesa.

(Manoela): Ele precisou voltar pra Maresias, agora tem que voltar pros treinos e ele também tem alguns compromissos em São Paulo.

(Sophie): Poxa, ele ia adorar provar o meu pudim - disse se deliciando da sobremesa e eu concordei, ele ia mesmo.

Eles me fizeram contar como foi a viagem mas alguns detalhes tiveram que ser omitidos e conversamos sobre planos futuros.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora