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—  POV MANOELA TRINDADE

Buscamos a Sophia e fomos direto pra doceria, as duas pirralhas não paravam de tagarelar no banco de trás e ainda pediam o Gabriel pra colocar uma música no rádio.

Assim que chegamos no lugar elas já correram pra uma mesa e ficaram doidas com o cardápio, era tanto doce que era difícil escolher um só.

As duas pediram uma taça de sorvete com brownie, e eu e Gabriel pedimos uma fatia de bolo pra dividir.

No final das contas eu e Gabriel comemos o bolo e ainda o sorvete das taças das duas garotinhas, saímos da doceria e ficamos sentados em um banco da praça enquanto Sophia e Luísa brincavam em alguns brinquedos.

(Gabriel): Elas estão crescendo tão rápido - falou observando as duas.

(Manolea): Sim... Eu perdi tanta coisa da vida da Alice que agora me sinto culpada - falei também observando as duas.

(Gabriel): O importante é que agora você tá aqui e vai acompanhar ela crescer de perto - agora ele olhava pra mim.

(Manoela): Será que vamos ser o tipo de irmãs que conta uma com a outra pra tudo? - eu também olhava pra ele.

(Gabriel): Tenho certeza que sim, você é incrível e ela vai querer te ter por perto sempre - eu sorri e senti meus olhos marejarem.

(Manoela): Eu te beijaria agora - confessei e ele riu se aproximando mais - mas tem muita gente aqui.

(Gabriel): Tudo bem, então eu te beijo - olhou rápido pras meninas e me beijou.

(Manoela): A gente precisa ir - falei ainda no meio do beijo e ele riu.

(Gabriel): Quero ver convencer as feras - se afastou e eu levantei pra ir chamar as meninas.

Contrariadas as duas me seguiram de volta pro carro, elas reclamaram horrores que queriam brincar mais um pouco, mas depois de prometer que voltaríamos na praça outro dia rapidinho desfizeram os bicos.

Estávamos parados no sinal quando um carro encostou do nosso lado, olhei pro lado e meus olhos se arregalaram na hora em que vi a Fernanda no carro, olhei pro Gabriel rápido e ele aumentou o volume do rádio e cantava junto, apenas ignorando quem tava ali.

(Sophia): Olha, é a Fernanda! - falou apontando pro carro ao lado e eu e Gabriel apenas olhávamos pra frente, eu me encolhi tanto no banco que seria possível eu entrar nele.

O que me deixou intrigada era o quê ela tá fazendo Maresias se nem mora por aqui...

Quando o sinal abriu o Gabriel arrancou com o carro e eu me mantive calada.

Ele deixou a gente em casa e inventei uma desculpa pras meninas entrarem em casa e eu poder conversar com o Gabriel.

(Manoela): Você sabe por que ela tá em Maresias? - perguntei de uma vez.

(Gabriel): Não, eu não falo com ela desde aquele dia no Havaí - ele parecia tão confuso quanto eu.

(Manoela): Ok, eu vou entrar que preciso mesmo descansar um pouco - tinham tantas coisas passando pela minha cabeça mas nenhuma das minhas perguntas ele responderia, ou talvez eu não queira saber a resposta.

Nos despedimos com um beijo rápido e eu entrei em casa pra chamar a Sophia

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora