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— POV MANOELA TRINDADE

No dia seguinte passamos a manhã inteira nos divertindo, o passeio de lancha foi muito agradável, o que me rendeu vários storys dos meninos fazendo palhaçadas e achei engraçado ter vários fã-clubes do Gabriel repostando os vídeos que ele aparecia.

O mesmo me roubava alguns beijos durante o dia inteiro, era fofo e eu ficava com vergonha dos meninos nos zoando.

As convidadas do Danilo se aproximaram do Gabriel algumas vezes mas ele não dava muito ideia então elas procuravam outros pra chamar atenção mas eu não estava me ligando nelas, só queria aproveitar o dia com os meus amigos.

Voltamos pra casa era 18h e todos foram se arrumar pra irmos na festa que teria em um condomínio, o Danilo não parava de falar da tal festa e do quanto ela era desejada por todos no Rio.
O lugar é uma praia particular dentro de um condomínio e vai ter vários shows durante a noite e até depois da virada do ano.

Consegui ficar pronta em tempo recorde e aproveitei que as meninas estavam muito ocupadas pra ir até a varanda nos fundos da casa, de lá eu também tinha vista pra praia e eu precisava daquela brisa pra conseguir desacelerar um pouco minha mente.

Mesmo sendo cedo alguns fogos já eram soltos no céu e faziam um desenho lindo.
Desde cedo tenho me sentido com um nó na garganta mas não comentei nada com ninguém, só me forcei a aproveitar o dia e demonstrar que estava bem pra todo mundo.

Já que estava sozinha deixei que algumas lágrimas rolassem no meu rosto, não me preocupei se borraria a maquiagem. Era por isso que eu não queria vir pra cá, não queria esse sentimento ruim dentro de mim mais uma vez.

(Manoela): Tinha que ter acontecido comigo? - pensei alto.

(Chloe): Sabia que ia te encontrar aqui - apareceu quietinha quase me assustando.

(Manoela): Eu precisava de um pouco de ar - ela sentou do meu lado no banco.

(Chloe): O que foi? O que tá sentindo? - passou seus braços pelos meus ombros.

(Manoela): Tô desde cedo com um nó na garganta - eu sei que ela também tá chorando quando a ouço fungar.

(Chloe): Se precisar chorar ou gritar, ou quebrar alguma coisa, não guarda pra você! Chore mesmo, grita, quebra, faça o que for preciso pra te ajudar - ela beijou meu ombro - eu tô sempre aqui com você.

(Manoela): Obrigada, amiga - deito minha cabeça no seu ombro.

Ficamos mais alguns minutos ali enquanto ela fazia um cafuné no meu cabelo e eu deixava algumas lágrimas escorrerem.

[...]

Depois de dar uma leve retocada na maquiagem voltei pra sala onde estava todo mundo, vi que alguns meninos estavam jogando ping pong na varanda, me juntei a eles.

(Manoela): Tem vaga pra mais uma? - perguntei me aproximando.

(Pedro): Pra você é claro que tem - disse brincalhão e eu sorri.

Na primeira partida jogou Saulo e Matheus, ficando então eu contra o Pedro na partida seguinte.

(Manoela): Se prepara pra perder - falei me posicionando atrás da mesa.

(Pedro): É tão boa assim? - disse me desafiando.

(Manoela): Não tem nada em que eu não seja boa - me gabei e eles riram.

(Pedro): Ok, então vamos fazer uma aposta - ergui a sobrancelha esperando que continuasse - se você ganhar pode pedir o que quiser...

(Manoela): E se eu perder?

(Pedro): Aí você vai ter que me dar um beijo - senti minhas bochechas queimarem e os outros dois soltaram um "eita!". Gabriel mataria ele se ouvisse isso.

(Manoela): Fechado, mas já fica avisado que não vai ser dessa vez que vai beijar essa boquinha aqui - garanti e apertamos as mãos. Sempre joguei ping pong e tenho meus truques pra ganhar a partida e pelo jeito que o Pedro jogou as partidas anteriores já dava pra ver que ia ser moleza ganhar dele.

Começamos o jogo e com muita habilidade e oração eu acabei ganhando e o Pedro fez um bico triste.

(Manoela): Eu avisei, cara - ergui os ombros e os outros dois riam.

(Gabriel): Tem vaga pra mais um? - pergunta me fazendo tomar um susto, eu não tinha reparado que ele estava ali.

(Pedro): Só se você quiser perder pra Manu - disse brincando e eu percebi o Gabriel travar o maxilar, ele tava puto.

(Gabriel): Acho difícil - pegou a raquete na mesa e não tirava os olhos de mim - a gente sabe como termina esse jogo.

(Manoela): Pra tudo tem sua primeira vez, quem sabe esse momento não seja o seu de perder - desafiei e ele ergueu uma sobrancelha.

Eu nunca consegui ganhar dele, ele é realmente muito bom no ping pong e eu nunca tive a sorte de levar a vitória em cima dele.

(Gabriel): Vamos ver - pegou a bolinha - a aposta do Pedro também vale pra mim? - essa me surpreendeu.

(Manoela): Tem certeza disso? Eu posso ganhar e você não vai gostar do que vou pedir - falei firme tentando não me abalar com seu olhar que não desgrudava dos meus olhos.

(Gabriel): Certeza absoluta - esticou a mão pra mim apertar e assim firmamos a aposta, os meninos nos olhavam aflitos pra que acabasse logo e acabou que todo mundo saiu pra assistir nossa partida, eu me tremia por dentro mas não demonstrei em nenhum momento.

O que me deixava mais nervosa era que tínhamos uma platéia bem grande então se eu perdesse teria que beijar ele na frente de todo mundo.

(Danilo): Eu acho que já até sei quem vai ganhar - falou enquanto jogávamos e não deu outra, eu perdi e todos comemoravam a vitória do Gabriel, o Naka gravava a partida e eu fiz meu melhor bico de tristeza.

(Gabriel): Você me deve um beijo, Manuzinha - falou quando eu estava prestes a sair dali e todo mundo me olhava.

Alguns celulares estavam apontados pra mim enquanto eu ia até ele, minhas pernas pareciam estar fracas e ele me olhava com um sorriso debochado nos lábios.

(Manoela): É melhor se preparar, na próxima eu ganho - falei já bem próxima dele.

(Gabriel): Eu vou aguardar ansioso por esse momento - me puxou pela cintura e senti seus lábios tocarem os meus, o pessoal gritava e comemorava, uma de suas mãos estava no meu rosto e a outra apertava minha bunda, eu estava alucinada com aquele beijo.

Sua língua explorava minha boca e só nos separamos pela falta de ar, ele me deu um selinho e sorriu satisfeito. Estava marcando território.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora