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— POV MANOELA TRINDADE

Os garotos decidiram ir pra uma boate de noite, diz o Saulo que  ele tem um amigo que é dono da boate mais famosa de Angra, todo mundo topou a ideia.

Eu comecei a me arrumar às 19h e com a ajuda de Chloe e Camila, eu estava um verdadeiro escândalo. O vestido vermelho era completamente colado, marcando todo meu corpo e principalmente meus seios, escolhi um salto não tão alto e uma jaqueta de couro preta pra usar quando saísse.

Quando saí do banheiro pronta e com a jaqueta nos ombros, Chloe e Camila me olharam de boca aberta, me fazendo rir e dar uma voltinha.

(Chloe): Se eu não fosse hétero te pegava hoje - confessou me olhando.

(Camila): Amiga, eu não tenho nem palavras - ela parecia realmente chocada.

(Manoela): Não tá muito chocante? - perguntei insegura.

(Chloe): Essa é a intenção, meu amor - levantou e me fez dar mais uma volta - meu Deus, o Gabriel que lute hoje porque vai ter muito peixe na sua rede - gargalhei e Camila também.

(Manoela): Ele vai querer me matar por dar trabalho pra ele - batemos as mãos e só esperei as duas colocarem os sapatos pra gente descer.

O Farias entrou no quarto pra nos apressar e me olhou com os olhos arregalados.

(Farias): Caralho, o Gabriel tá fudido - falou ainda chocado.

(Manoela): O que ele tem haver? - fiz a sonsa.

(Farias): Não brinca com o coração do meu amigo assim, ele pode ser cardíaco.

(Manoela): Vamos ver se é - ele riu junto com a gente.

(Farias): Você vestida desse jeito ele até beija seu pé pra você dar um beijinho nele - gargalhamos e ele passou por mim indo até Chloe, ele nos apressou bastante e então descemos logo.

Senti um frio na espinha enquanto descia as escadas e todos olhavam pra gente, minha parte tímida queria subir pro quarto de volta e tirar aquele vestido mas a minha parte ousada me mandava erguer a cabeça e mostrar que sou superior.

As garotas que estavam na sala nos olhavam com a maior cara de bunda e cochichavam, nós entramos na cozinha já pegando a comida e os meninos que estavam lá não paravam de nos olhar dos pés a cabeça.

Eles tinham pedido um delivery de japa pra gente não precisar sair pra jantar antes de ir pra boate.

(Danilo): Manu do céu... - ele me secava completamente.

(Manoela): O que foi? - me fiz de desentendida enquanto pegava um niguiri.

(Naka): Me diz que você não tá acompanhada hoje, eu vou adorar te fazer companhia - brincou e passou o braço pelos meus ombros, eu ria.

(Pedro): Sai fora, Naka, eu que vou fazer companhia pra ela hoje - o olhei com um enorme ponto de interrogação na testa e o barrei com a mão antes que me tocasse.

(Manoela): Lamento, garotos, mas eu já tenho companhia - falei com um sorrisinho no rosto e saí de perto deles, me juntando a Chloe e Farias.

Passei o olho pela casa procurando um certo alguém e por ironia na mesma hora ele entrou na casa junto com a Sofia, eles conversavam alguma coisa e eu instantaneamente fechei a cara, mas o jeito que ele me olhava era como se só faltasse babar.

Ponto pra mim.

Mas não foi o suficiente pra desfazer minha irritação, ele se aproximou e me olhou dos pés à cabeça.

(Gabriel): Tá querendo me matar? - perguntou passando o braço pela minha cintura.

(Manoela): Não tinha pensado nisso mas agora bem que eu queria mesmo - ergui uma sobrancelha pra ele.

(Gabriel): Para com isso, a gente só tava jogando ping pong no quintal - sua mão no meu rosto acariciava minha bochecha.

Preferi não ter um ataque de ciúmes ali, não valia a pena e eu nem queria ter aquela conversa agora.

Nos dividimos nos carro e ele foi no banco de trás com Farias e Miguel, eles conversavam enquanto eu e Chloe cantávamos uma música da minha playlist. Assim que chegamos na boate nossa entrada foi liberada, o Saulo tinha dito que o dono era amigo dele.

O lugar tinha dois andares e o andar de baixo estava cheio, mas o de cima só faltava explodir de tanta gente, ia ter show de alguns cantores e mc's por isso tava lotado.

A gente logo achou uma mesa e as bebidas começaram a chegar, a música tocava bem alta e era praticamente impossível falar com alguém sem gritar.

[...]

A música que tocava era Ela É do Tipo e foi impossível ficar parada, arrastei Camila e Chloe pra pista de dança comigo e a gente dançava como se não houvesse amanhã, alguns olhares eram atraídos pra nós e eu gostava disso.

Pedro me secava completamente do bar e Gabriel babava perto dos garotos, eu estava adorando aquela atenção e só provoquei mais rebolando até o chão.

(Chloe): Eu tô vendo a hora que a baba do Gabriel vai chegar aqui - gritou pra que eu ouvisse e eu só ria.

Me empolguei mais quando começou Sento no Bico da Glock, eu já não tinha controle da minha bunda, ela simplesmente rebolava sozinha.

(Manoela): O Gabriel arrancou meu cabaço e me botou de quatro, botando pra fuder - cantei rebolando e as menina riam.

(Gabriel): Se você tá querendo me provocar eu já aviso que tá conseguindo - falou no meu ouvido, atrás de mim e colocou a mão na minha cintura, ele grudou meu corpo no seu.

(Manoela): Não tô querendo nada, só to dançando - respondi com um sorriso debochado e ele riu, ele ficou atrás de mim enquanto eu dançava e eu podia jurar que a qualquer momento minhas pernas iam fraquejar.

Ele dançava junto comigo e sarrava na minha bunda, eu não sei quem estava se segurando mais ali, mas com certeza ter controle com ele ali comigo estava sendo difícil.

Nos afastamos quando a música parou e ele até tentou se aproximar mas eu banquei a difícil, voltei pra mesa com as meninas e virei um copo atrás do outro, eu ia precisar de muito álcool pra aguentar essa noite.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora