39.

557 45 0
                                    

— POV MANOELA TRINDADE

No dia da formatura os meninos estavam 10x mais animados que eu, passamos a manhã todos juntos na praia e quando foi de tarde eu fui começar a me arrumar, era um dia importante.

No caminho até o salão que seria a formatura me peguei pensando no Gabriel, em como seria se ele estivesse aqui comigo, em quanto ele estaria feliz por mim e como seria bom ter ele por perto. Apesar de a gente ter se afastado eu sempre soube que carregaria um carinho e gratidão enorme por ele.

Fiquei chateada quando brigamos e ele preferiu dar razão pra sua namorada do que pra mim, mas agora até entendo como deve ter sido pra ele lidar com alguém no pé dele o cobrando o tempo todo.

Mas não podemos voltar atrás, o que foi feito está feito e se alguma coisa mudar então o universo vai se encarregar disso.

Entramos no salão e minha mãe juntamente com Alice se sentou com meus amigos enquanto eu fui pra cima do palco sentar junto com a minha turma, a cerimônia correu normalmente e com muitas lágrimas.
No final dela todos se abraçavam, choravam e tiravam fotos, encontrei logo meus amigos e eles fizeram a maior festa ao me ver com o diploma na mão.

(Miguel): Olha se não é nossa nova psicóloga! - gritou e todos eles gritaram junto, ter eles ali naquele momento comigo foi essencial.

(Danilo): Você é o nosso orgulho, Manuzinha - me abraçou assim como o restante.

(Manoela): Muito obrigada por terem vindo - agradeci com lágrimas nos olhos e eles fizeram um coro de "aaaah".

A festa após a cerimônia foi incrível, estava tudo impecável e eu me diverti como se fosse meu último dia no Havaí. Meus amigos nem preciso dizer, eles quase acabaram com as bebidas mas também arrastaram todo mundo pra pista de dança.

Saímos cedo da festa e achamos uma boa ideia aproveitar a vida noturna da cidade, deixei que eles escolhessem pra onde iríamos, ficamos dentro do carro esperando os garotos decidirem pra onde iríamos.

(Farias): Vamos para qual balada? - perguntou mexendo no celular.

(Manoela): Eu não tô com uma roupa adequada pra balada - eles me olharam e assentiram.

(Miguel): Vamo ir comer uma pizza então? - perguntou nos olhando.

(Chloe): a Manu acabou de se formar na faculdade e você quer ir só comer uma pizza? - perguntou fazendo os meninos rirem.

(Miguel): O que você quer fazer então? - rimos mais ainda.

A melhor opção era a balada mas eles teriam que esperar eu me trocar.

(Manoela): Nossa melhor opção é a balada, mas vocês vão ter que esperar eu me trocar - falei fazendo todos ficarem quietos, provavelmente pensavam.

(Danilo): Já que não temos outra opção, pode ser - riu.

(Naka): Pelo amor de Deus só não demora muito, por favor - pediu e eu saí do carro junto com Chloe, subi até meu andar e entrei em casa rápido já indo procurar uma roupa no meu armário.

Chloe me ajudou a escolher uma roupa rápido e em poucos minutos nós descemos de volta pro carro e então fomos pra balada, Danilo escolheu uma que achou na internet e era um pouco longe. Assim que chegamos na entrada estava lotada, esperamos um pouco na fila mas os seguranças logo liberaram nossa entrada.

[...]

Quando cheguei em casa o sol já estava nascendo, minha mãe, Alice e Ana dormiam então fiz o máximo pra não acordá-las.

Apaguei assim que deitei na cama, eu estava exausta, meus pés doíam por ter ficado a noite toda em pé, a minha cabeça ainda latejava por causa do som alto da boate.

Mas tirando o cansaço minha noite tinha sido incrível, me diverti como não me divertia há anos e melhor ainda, com meus amigos.

Fiquei com um cara que era muito gato, na verdade se não fosse a Chloe eu só teria ficado admirando a beleza dele, mas ela me puxou pra pista e foi me empurrando pra perto dele então me deixou lá sozinha olhando pra cara dele.
Me lembro que o nome dele era Kale e ele era local, seus cabelos eram loiros e seus olhos em um tom de verde, sua pele era morena de sol e o sorriso era simplesmente perfeito, como se nunca tivesse precisado ir ao dentista.

A pegada dele era boa e o beijo também, meus amigos me chamaram pra ir embora e ele me chamou pra ir pra sua casa, um lado meu queria ir mas o outro ainda estava inseguro, então preferi ir embora. Trocamos números de telefone e ele disse que ligaria depois, aquele típico papo.

Acordei com o sol forte iluminando o quarto, procurei o celular e quando vi a hora já passava das 14h00, levantei me arrastando e fui tomar um banho pra despertar, mas meu corpo ainda estava mole.

(Clara): Meu deus, você tá um caco - comentou me vendo passar pra cozinha e eu ri.

(Manoela): Obrigada, eu nem tinha reparado isso - respondi irônica, peguei um pedaço de bolo e me sentei do lado dela no sofá.

(Clara): Como foi a noite? Se divertiu? - perguntou tirando sua atenção da televisão e me olhando.

(Manoela): Foi boa, me diverti muito - ri lembrando dos meninos dançando comigo - você devia ter ido com a gente.

(Clara): Eu não sou mais jovem, Manoela.

(Manoela): Para com isso, mãe! A senhora nem parece ter duas filhas, as pessoas sempre acham que você é minha irmã - falei terminando meu bolo - aposto que tem vários atrás de você por aí... - brinquei voltando pra cozinha e dessa vez procurando algo pra beber.

(Clara): Garota! - me repreendeu e eu ri - assim, não tem vários... - pausou e eu a olhei de boca aberta.

(Manoela): Mas tem algum, não tem? - sorri boba e ela também sorria - dona Clara, você está com namoradinho e não me contou - fingi indignação e ela ria.

(Clara): Ei, não tô de namorado, só estou conhecendo alguém... - sentei do seu lado.

(Manoela): Eu fico muito feliz de te ver feliz, de ver que você está se permitindo ser feliz - sorri e abracei forte.

(Clara): Obrigada, meu amor - ficamos naquele abraço por muito tempo mas logo engatamos em outro assunto, e ela também me contou detalhes sobre o cara que estava conhecendo.

SIDE BY SIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora