Capítulo Onze

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Iara

— Você fez o que? — perguntei sem acreditar.

— Patrícia é uma fofoqueira — Sabrina diz de braços grudados.

— Fofoqueira é você que anda espalhando as coisas da Iara pra todo mundo.

— Eu fiquei irritada quando descobri que aquele tal Vitin foi o que quase quebrou teu braço — ela joga os braços pro lado do corpo — e também o Cobra pode ajudar, ele conhece isso aqui tudo, vocês estão se aproximando... sei lá, ele te encaixa em algum trabalho ué.

— Isso não era você que tinha que decidir Sabrina — digo e nego com a cabeça — não quero nada que venha daquele homem, eu não quero envolvimento nenhum com ele, você não entendeu que ele é ban-di-do?

— Você que tava se aproximando dele, não eu.

— Sabrina melhor ter um coleguismo que inimizade, ele foi educado e eu também fui porque me ajudou mas foi só isso, não quero mais ter que ficar de encontro com o Cobra pelo amor de Deus, e muito menos que ele arranje emprego pra mim.

— Deixa de ser orgulhosa, ele até ficou preocupado, e curioso pra saber o porque a Neide te tratou mal por causa dele.

— Eu deveria arrancar sua língua pra não ficar falando da minha vida — ela revira os olhos.

— Tá, foi mal, mas ele quis saber também.

— E serviu de alguma coisa? — Patrícia pergunta.

— Ele falou que ia pensar no que ia fazer, mas eu acho que ele deve vir falar com você — respiro fundo, se ele vier vou pedir desculpas pela Sabrina e dizer pra ele não se preocupar com isso.

Assunto era meu, até parece que ele tinha tempo pra isso. E mesmo se tivesse, porque ele faria isso? Não ganharia nada em troca.

— Já pararam pra pensar no porquê essa velha teve raiva de você Iara? — Patrícia comenta.

— Eu sei lá, deveria achar que a gente é amigo e que seria má influência pro salão dela.

— Não acho que seja isso — ela comenta.

— Tô nem aí também, pouco me importa, eu vou é caçar um rumo de ajeitar minha vida — saio da sala aonde eu discutia com as duas sobre a madrugada de ontem pra hoje.

Patrícia chegou primeiro e já foi me acordando pra contar tudo o que aconteceu, esperei a Sabrina chegar pra saber o que aconteceu e porque ela tinha aberto o bocão.

A questão era porque meu nome era pauta? Não falem da minha vida muito menos em grupo de fofoca, ainda mais com pessoas que moram comigo que saibam da minha vida e saem distribuindo informações sobre minha pessoa.

Ódio.

Hoje sendo sábado as meninas iam arrumar as bagunça delas. Lavar roupa e tudo, a cozinha, a sala e os banheiros estavam limpos que eu limpei durante a semana, agora os quartos delas cada um sabia do jeito que gostava.

Deitei na minha cama com o celular na mão, entrei no Google pra tentar achar alguns anúncios de emprego.

Como eu tinha alguns cursos eu sabia que seria bom. Mandei currículo pra dois lugares e deixei o celular de lado.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora