Capítulo Cinquenta e Nove

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Iara

Que amargura.

Sempre fui uma pessoa que sempre me respeitei, aprendi meus limites, sei dizer um não quando não quero fazer algo, aprendi a me colocar em primeiro lugar sempre, porque desde nova eu sempre me deixei de lado, colocava as necessidades das pessoas em primeiro lugar.

E não é como se eu não ajudasse mais ninguém ou não me importasse, eu só aprendi a me priorizar primeiro e depois ajudar quem precisa.

O Jean me sugou muito, minha personalidade, minhas atitudes, ele controlava muita coisa, manipulador nato, que sempre me usava, mas eu no fundo via aquilo e deixava o medo não me deixava que ele fosse, medo de ficar sozinha.

Hoje tenho medo do contrário, de ficar com alguém.

Sempre me avisaram, minha vó era a que mais dizia que ele não era a melhor pessoa pra mim, não era uma boa pessoa. E realmente, ele me desrespeitava muito.

O ponto que eu quero chegar é que eu sou narcisista, me acho mesmo, gosto de ser assim depois de tantos anos eu aprendi a ser quem eu sou novamente, me reencontrei.

E agora estou me desconhecendo de novo.

Tudo o que aparece na minha cabeça é Cobra.

Cobra.

Felipe.

Felipe.

Ah Felipe.

COBRA.

Minha mente não para de pensar nele e na última noite que tivemos na casa dele, na praia... aquilo foi um passeio incrível, apesar de ter praticamente gritado pra ele que eu fiquei com ciúmes da ruiva que ele dançou. Mas ele me fez feliz ali, naquele momento.

Só hoje de manhã me fez voltar a lembrar só porque não posso deixar sentir isso de novo, não quero ser dependente de ninguém de novo, ainda mais por alguém safado igual ele. Meu brilho sumiu quando eu vi aquela foto dele com aquela loira. Ele me deixou, pra ficar com ela.

Eu me odeio por estar me perguntando se fiz algo de errado, o porquê ele me trocou por ela, a madrugada com ela. E eu coloco na minha cabeça que quem vai perder vai ser ele, porque se ele tem mulher atrás dele eu também tenho homem atrás de mim, mas não quero isso, não me importa isso, só o Felipe me interessa no momento e eu não queria isso.

Não preciso de homem pra nada, sei fazer minhas coisas muito bem sozinha, gosto de homem mesmo mas só por um motivo. O que tá me abalando é que o Cobra tá me trazendo só sexo ele tá me trazendo sentimento.

Acabei cochilando na cama com esses pensamentos, quando cheguei da clínica eu já fui logo pro quarto, tomei só um banho e deitei, era cedo umas 8 da noite quando acabei dormindo.

Só acordei era uma da manhã, com fome por não ter jantado, saí do quarto indo pra cozinha quando encontro a Sabrina e a Patrícia na sala conversando baixinho, quando apareço na sala as duas levam um susto.

— Vai assustar o cão menina, parece fantasma aparecendo do escuro — escuto Sabrina fala enquanto eu estava me espreguiçando.

— O que fazem acordadas essa hora? — peguei o copo de água da Patrícia bebendo e ela me encarou.

— Iara você já soube? — Patrícia diz, franzi o cenho olhando pras as duas, Patrícia deixa o celular pousado na mesa.

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