Capítulo Quarenta e Três

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Iara

— Esse quadro eu queria aqui — apontei pra a parede e o Nicolas balançou a cabeça.

— Ficaria bom, mas eu acho melhor colocar na parede do corredor — olho atenta pra ele — o quadro combina com o tom da parede e é um retângulo o que faz combinar com a aparência de um corredor entende?

— Acho que sim — sorrio e ele também — mas se você tá falando então tá certo, entende bem mais que eu de decoração.

— Mas sua opinião é a primordial Iara — ele diz e eu nego.

— A sua é porque você sabe mais — olho pra folha da lista que eu havia feito.

Eu enviei a lista e ele comprou tudo de acordo com o que iria colocação aqui e eu adorei tudo, do jeito que eu tinha pedido.

— Fábio, dá uma ajudinha? — Nicolas diz segurando o quadro.

Fábio que estava sentado analisando uma planta do banheiro se levantou e ajudou ele a colocar na parede olhei o quadro de uma exposição de mulheres.

Uma fotógrafa fez uma exposição com muitas mulheres e eu achei importante colocar fotos de mulheres reais aqui.

Tinha ruivas, morenas loiras, mulheres de cabelos coloridos, magras, gordas, todo e qualquer tipo de corpo, até porque tem salões que a gente vê apenas aquela mulher padrão, loira do cabelo liso espetacularmente sedoso e sabemos bem que não existe mesmo loiras tão perfeitas como mostram en lugar de beleza.

Espelhei as fotos pela clínica, dona Alexandra quando passou aqui hoje disse que achou a ideia incrível, e disse que nunca tinha visto nada igual.

Gostei que ela tenha gostado, a opinião dela é a mais importante, já que é a dona. O filho nem liga então acredito que pra ele tanto faz.

— Essa de longe foi uma das melhores ideias que já tive o prazer de presenciar Iara — sorri pro Nicolas — Você tá apresentando a representatividade e mostrando que aqui é um espaço pra todas — balanço a cabeça.

— A minha ideia desde do início foi sempre manter as pessoas confortáveis quando entrassem aqui.

— Tenho certeza que vão.

A reforma estava chagando ao fim, só estavam arrumando o banheiro, porque pelo o que parece estourou um cano e eles tiveram que restaurar o encanamento, algo assim. Então o Fábio estava terminado de arrumar isso.

— Vou buscar um café, aceita? — Nicolas me oferece e eu assenti — Quer Fábio? — Fábio nega, ele vai até a parte de baixo que era aonde era que a cafeteira estava.

Me aproximo do Fábio, precisava falar com ele, achava que devia uma desculpa, por ter mentido.


— Oi — me sento na frente dele, ele me olha rapidamente.

— Oi.

— Fábio, para um pouco, pode me escutar por favor? — ele pousa as mãos no papel e me encara — queria te pedir desculpas, não devia ter mentido pra você sobre o Cobra, jamais quis colocar você em perigo ou qualquer pessoa da sua família, você é um cara legal e muito especial, tenho certeza que a pessoa que ficar com você será sortuda — ele me olha e balança a cabeça.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora