Capítulo Vinte e Nove

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Iara

Pagodinho estava bom demais, tocava mais aquelas antigas que eu me amarrava, apesar de muitos me fazerem ter lembranças antigas que eu não era muito fã, mas o que importa é que a música é boa.

Estava cantando e sambando ali, a cerveja na minha mão já estava terminando, já era a minha sétima latinha mas eu estava tranquila.

— Aquele beijo deixa em off... — cantarolei — aquele toque deixa em off — Bebi o resto da cerveja na latinha e amassei — vou pegar outra — aviso pra Sabrina.

Chego perto do freezer e fico na ponta do pé apoiando a barriga no freezer pra pegar mais uma latinha de heineken. Fecho a tampa e pego um papel toalha pra limpar a parte de cima da latinha, eu não sei o que encostou aqui né, sempre limpo.

— Licença aí — levanto o olhar e saio da frente, Cobra abre o freezer e procura alguma coisa, medi ele de cima a baixo como fiz na última hora.

Estava muito gato, homem de preto é uma coisa linda né e ele ainda coloca acessório que mais fica lindo, correntinha e boné, ele é gato, mas é metido igual.

Ele levanta o olhar e me olha e depois pra a latinha na minha mão.

— Que foi? — pergunto o olhando, ele tinha me ignorado a noite inteira e toda vez que a gente estava na mesma rodinha ele me dava patada.

— Nada — ele volta a olhar pro freezer e pega outra cerveja, uma amstel. Ele ia saindo mas aí entro na frente dele o que o faz suspirar, levanto uma sobrancelha, agora ele voltou a me tratar assim?

— Qual é o seu problema? Já está me ignorando de novo?

— Não tô fazendo nada, você que tá entrando na minha frente.

— Porque você tá estranho? — ele me encara sem paciência, lembro de ontem quando ele simplesmente me proibiu de sair com o Matheus e imagino que seja por isso seu estresse — Tá bravo?

— Porque eu estaria?

— Porque você impôs que eu não ficasse com o Matheus e eu fui lá e te mostrei que você não manda em mim — ele preciona a mandíbula deixando ela bem quadrada — não é?

— Tô pouco me fodendo com que você fica ou não — ela tenta passar e eu não deixo de novo.

— Não te importa mesmo, mas você não vai me tratar assim so porque eu não te obedeci, tá parecendo criança birrenta.

— Iara, tava na minha quieto ali, bebendo minha cerveja na boa e tu vem apertar minha mente? Além disso tu ainda pegou a cerveja que eu tava bebendo.

— Porque não aguento que me ignorem — o encaro — Odeio homem que não admite as coisas Cobra, homem que é covarde e não diz o que quer — ele franze o cenho — sempre fui verdadeira com você e se você não tem atitude pra as coisas então não me trata mal porque outro teve mais atitude que você — deixo a cerveja em cima do freezer e viro as costas saindo de perto dele.

Patrícia tinha saído com o Juca e pelo o que eu entendi ela foi passar o final de semana fora com o Juca, então já tinha ido embora, Sabrina eu já sabia que ia ficar pra dormir com o Gael, então eu ia sozinha pra casa.

— Vou embora — falo no ouvido da Sabrina e ela me olha bebendo a caipirinha.

— Ue mais porque? Tava tão animada.

— Tô cansada — pego meu celular da bolsa pra ver a hora — Duas da manhã, tô indo embora.

— Eu vou lá com o Gael pra você não descer sozinha.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora