Capítulo Cinquenta e Três

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Iara

Quando olhei no relógio vi que já era duas da tarde.

Estava como sempre cheia de papel e com a Patrícia me ajudando na organização. Com o salão cheio e apenas com pessoas qie já estavam com os horários marcados Patrícia estava me ajudando.

— Paty vamos almoçar, já vai dar duas horas — larguei a caneta em cima da mesa e coloquei as mãos no rosto — preciso passar naquela mulher lá pra fazer meu bronze.

A gata aqui não tinha tempo mais pra ir pra praia e por isso ia pagar pra pegar aquele bronze na laje, nunca experimentei, quem sabe eu goste.

A Kelly era a mulher responsável por esse serviço, disponibilizava a laje dela e tinha o auxilio da irmã pra colocar as fitas nas meninas e ficar marcando o tempo pra ficar no sol. Sem contar que eles ainda molhavam a gente com a mangueira pra não ter insolação.

Sabrina me contou que já fez uma vez e adorou, ficou bem bronzeada e o pessoal lá são bem atenciosos.

— Sabrina disse que eles são bons né — balanço a cabeça pegando meu telefone.

Pedi nosso almoço depois de conferir se todos que estavam trabalhando na parte de baixo da clínica já almoçaram. Apenas eu e Sabrina faltava pra comer.

Enquanto isso entro na conversa com a Kelly. Sabrina me passou o número dela e marco o horário, começando as 09 da manhã e ficando em torno de duas horas pra pegar o bronze de acordo com o gosto da pessoa. Falei que ia pegar o pacote dela no domingo ou seja amanhã, já que tava incluso o descolorante e juntei o útil ao agradável e resolvi já fazer tudo junto.

No fim tudo deu 120 reais, achei caro não, até que ficou num precinho bom.

Quando as marmitas minha e da Patrícia chegam eu paguei o rapaz que veio deixar e logo levei pro escritório.

A gente tava realmente enroladas hoje, estávamos ainda arrumando algumas das pastas com arquivos, e eu colocando alguns no computador. Mas hoje terminaria isso.

— Você decidiu o que vai fazer? — pergunto pra Patrícia.

Nos duas estava sentadas, comendo no chão mesmo porque hoje tava um calor, isso porque o ar-condicionado tava ligado. Comia uma coxinha de frango com a não mesmo enquanto a olhava encostada na parede.

— Ainda não...

— Jamais vou te precionar com algo, só tô preocupada — ela me olha.

— Eu seu que uma hora a barriga vai aparecer e provavelmente os meninos vão soltar isso pro Juca, ele de qualquer forma vai ficar sabendo — ela suspira — só tô tentando digerir isso ainda, não é fácil entender que tem alguém aqui — ela aponta pra própria barriga.

— Imagino, deve ser estranho — ela sorri fraco.

— De nos três eu achei que você que ia engravidar primeiro — abro a boca chocada com o que ela diz.

— Não julgo, também pensei que fosse mas porque eu me apressei e já fui logo casando, mas agora até a Sabrina tá na minha frente — ela ri comigo balançando a cabeça.

— Parece que sim — ela olha pra barriga e depois respira fundo — não parece uma ideia tão absurda agora — ela olha pra mim — Né? Quer dizer, talvez seja um pouco assutador criar alguém mas não é impossível de imaginar né.

— Não, já vejo correndo pela casa e a gente brigando -— ela ri — não sobe ai! Vai tomar banho! Dá um beijo na tia — falo testando algumas frases, o olho da Patrícia se enche de lágrimas — Ah Patrícia.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora