Capítulo Treze

4.2K 181 13
                                    

Iara

Acordei era 7 da manhã, era cedo já que ultimamente eu tava dormindo até umas 11 da manhã.

Tomei meu café com as meninas antes delas irem trabalhar e eu ficar mais um dia aqui dentro.

— Foi pra onde ontem? — desviei o olhar do celular pra Sabrina que me olhava curiosa com a xícara de café nas mãos — chegou meio tarde...

— Pelo o que eu saiba já sou maior de idade, não devo satisfação pra ninguém — Patrícia ri e a Sabrina me olha com uma sobrancelha levantada.

— Ela tá atacada — Patrícia fala se levantando — tô indo meus amores, não briguem crianças.

Depois que ela sair olho pra Sabrina que me olhava curiosa.

— Me engana que eu gosto Iara, teu jeito grosso é só pra afastar quando as pessoas chegam perto da verdade.

— Que verdade?

— Que tu tá saindo com alguém — dei ar de riso me levanto da mesa da cozinha — E eu chuto ser o Cobra.

— Ta de sacanagem?

— É quem tá próximo a você, vem cá? Ele não te procurou pra falar sobre o emprego lá não?

Sabrina não é uma pessoa ruim, as vezes seus comentários são de mal gosto, e as vezes é fofoqueira, mas ela conhecia eu e a Patrícia como a palma da sua mão, e perguntava as coisas não pra querer atrapalhar e nem nada disso, mas pra aconselhar.

Eu sabia que ela não era uma inimiga.

— Falou — sento de novo na cadeira do seu lado decidindo falar pra ela — me fez uma proposta de trabalho e eu aceitei e ontem fui lá na casa dele pra resolver.

— E porque tá escondendo isso?

— Não tô escondendo, só porque não sabia se era verdade, nem sei se vai dar certo.

— E que proposta ele te fez? Vai vender droga agora — bato na testa dela e ela ri.

— Não ridícula, ele disse que já estava querendo abrir algum negócio e me pós pra gerenciar — ela levantou as sobrancelhas.

— Iara? E tu aceitou?

— Lógico.

— Você que vai nos sustentar agora — gargalhei — mona, eai?

— Vamos assinar um contrato, vai ser clinica de estética sabe? Micro, extensão...

— Incrível... isso é ótimo pra você — ela sorri — e tu ainda diz não ter nada com ele.

— Sabrina, já disse que isso não rola — levanto da cadeira guardando as coisas do café da manhã e lavando uma louça.

— Se tu tá dizendo — ela se levanta e deixa a xícara de café da e eu já lavo as duas — mas ele é bonito não é? Parece gente boa, apesar da cara de quem tá sempre puto — ri com ela.

— Não é feio.

— Hum? — ela instiga.

Na verdade eu achava ele um gato, mas desde do primeiro dia meu interesse passou no instante em que ele agiu com babaquisse me ignorando.

Sem contar que ele não é um cara comum né, é dono de morro, e isso já é suficiente pra nunca ter nada com ele.

Mesmo que ontem quando o senti perto demais e querendo que rolasse outras coisas, mas já descobri que é porque estou na seca, sério desde que cheguei aqui eu não fico com ninguém e isso vai mudar, preciso voltar a ter a minha lista de contatos, de ter meus ficantes fixos.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora