Epílogo

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7 anos depois

Cobra

Escutei o barulho dos salto e olhei pro corredor aonde a Iara estava saindo, andando elegantemente com o vestidinho preto que ia até o meio das coxas grossas. Os saltos aberto aonde eu conseguia ver a unha pintada na cor preta que ela tinha feito hoje no salão.

Subo o olhar demorando em cada detalhe, reparando nos detalhes da abertura na cintura. Subo o olhar indo no decote não muito longo, mas conseguia ver parte do seio. No pescoço ela carregava um colar prata e no rosto um maquiagem linda com um batom vermelho.

— Amor você acha melhor essa bolsa ou essa? — ela pergunta me mostrando uma bolsa preta e outra prata.

— É... — falo olhando pra as duas — essa aqui — falo a preta e ela coloca no ombro se olhando no espelho que tinha ali na sala.

Parei atrás dela enquanto ela se analisava no espelho e olho pra baixo com a bunda dela encostando em mim.

— É acho que a preta fica melhor mesmo, tem uns detalhes bonitos — ele falou e se virou ficando cara a cara comigo e riu — que foi?

— Tu tá gata pra cacete — pego sua mão a fazendo dar uma voltinha e ela ri — tirei a sorte grande demais — parei de rodar ela e ela pulou no meu pescoço me abraçando.

— Te amo — ela me deu selinhos enquanto eu apertava a sua cintura.

Cabelão dela todo cacheado tava cheiroso demais, concerteza o cheiro da Iara era uma das coisas mais marcantes nela, muito cheirosa.

— Vai borrar — ela disse quando mordi seu lábio puxando e ela me olhou e sorriu.

— Papai — olhei pro lado vendo uma cabeleira cacheada igual da Iara com um penteado de liguinhas coloridas com trancinhas do lado — eu tô bonita? — ela parou colocando a mão na cintura.

Igual a Iara como que pode. A menina é a cópia fiel da mãe, impressionante.

O que já me deixa de fios brancos só de imaginar ela na adolescência.

— Você tá linda demais minha princesa — me afasto da Iara me abaixando pra ficar do tamanho da Helena.

Helena minha filha, de 4 anos. 4 anos esses que estão sendo os mais felizes da minha vida, nunca fui tão feliz, tão completo, viver tão bem com as mulheres da minha vida.

Helena é a cara da Iara, igual em absolutamente tudo, na forma de falar, de agir, até no andar é igual a ela.

Acho que a única coisa que ela puxou de mim foi a boca já que Iara diz que se parece no formato, mas fora isso não tem nada mais igual.

— Vamos logo que tua vó já tava me ligando — falei pra ela esticando minha mão pra ela segurar e ela segurou e fomos andando até a porta.

Fui colocando ela na cadeirinha logo e quando fui entrando no carro vi a Iara fechando a porta de casa. Entramos no carro e eu liguei e comecei a tirar da garagem.

Hoje minha mãe completava 65 anos e ela mesma quis fazer o aniversário pra comemorar. Iara ajudou em contratar os serviços de comida e pra arrumar balão lá tudo pra hoje.

Quando chegamos já percebemos a casa cheia. Minha mãe sempre foi muito querida aqui em Vidigal, sempre é gentil com todo mundo então claro que ela quis convidar quase todo mundo.

Ela resolveu fazer na casa dela mesmo porque aqui era grande, área de lazer é bem espaçosa e deu pra aproveitar bastante o lugar e cabia bastante gente ali também.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora