Capítulo Setenta e Seis

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Cobra

— Aquele celular o Fifa tava utilizando também sua maluca — falei e ela riu.

Iara estava tão linda, o cabelo estava amarrado mas parecia mais cheio, ela também estava com cílios longos e os lábios bem rosinhas que me fazia ter pensamentos pecaminosos a cada vez que eu olhava.

— Mas você viu, não viu? — ela pergunta e eu mordo o lábio inferior — não gostou?

Ela tava falando do vídeo que gravou de nós dois, filha da puta me mandou sem me falar, sorte que o celular tava comigo e pude apagar, depois de ter visto e admirado a bunsa dela sentando em mim.

— Gostar é pouco — ela sorriu maliciosa colocando a unha na boca — não me atiça Iara, tô na seca.

— Você ficou um ano.

— Que eu podia me ocupar com outras coisas, agora aqui dentro? É impossível — ela encostou a cabeça na parede me olhando.

— Quando você volta?

— Não sei ainda — olho pro pátio.

Enrolação do caralho pra tirar a gente daqui, preciso que os seguranças noturnos deixe a gente passar mas não aceitam dinheiro nenhum pra fazer isso. Só deixar o cadeado aberto, não querem.

Tô começando a achar que vou ter que apelar pra a base da ameaça e do sequestro, vai ser o jeito.

— Olha pra mim — Senti a mão pequena da Iara no meu maxilar virando pra ela — o que tá acontecendo? No início você sempre dizia que ia voltar o mais rápido possível.

— Tá foda de conseguir sair, já tentei algumas vezes mas já me pegaram — puxo a calça pra cima mostrando minha coxa roxa.

— O que foi isso? — Iara diz olhando o machucado.

— Me bateram — ela colocou a mão na testa me olhando.

Iara me olho com um olhar de pena e passou a mão no meu rosto.

— Não fica fazendo essa cara, eu dei um jeito, só quero te mostrar que eu tento — abaixo a calça novamente — já disse que não vou desistir de sair daqui e nem de você.

— Nem eu de você — ela me deu um selinho — Eu vou te esperar o tempo que for.

— Iara pode passar anos...

— Não ligo — ela me interrompe e diz decidida.

Fico sem o que saber falar, já disse e repito que quando ela quiser sair disso tudo ela pode, mas a cada dia fica mais difícil pra nós dois. E se eu não conseguir sair daqui tão cedo ela não vai ter uma vida tão boa assim.

— Eu vou sair, nem que seja a força, vou voltar pro morro e pegar de volta o que é meu — ela balança a cabeça me olhando — Você vem morar comigo.

— Morar juntos? — ela ri — Calma.

— Porque não? Quando eu sair daqui não vou ficar longe de você — ela passou os braços no meu pescoço quando eu me aproximei dela.

— Se você ficar longe eu te mato.

Beijei ela violando aquela regra idiota de não ter contato físico. Segurei seu pescoço dando uma leve apertada e a fazendo gemer enquanto eu chupava seu lábio inferior.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora