Capítulo Setenta e Sete

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Iara

Nicole agarrou meu dedo enquanto me olhava e eu sorri quando ela me encarou com os olhinhos pretos bem curiosos.

— Ei, sou eu dinda — disse andando até a sala pra se sentar e ela apertou meu dedo me olhando — eu sei que sou linda meu amor — falei cimo ela ainda me encarando — pelo jeito você veio com as bochechas da família — falei me sentando no sofá com ela no colo olhando suas bochechas grandes e fofinhas — Você tem a genética das Ribeiros — falei meu sobrenome e os das meninas — tudo bem, tem seu pai também, não é muito bonito mas foi sua mãe que escolheu né — ela ainda me encarava parecendo curiosa e eu me aproximo dela como se fosse contar um segredo — sua mãe sempre gostou dos feios.

— Eu escutei isso — Patrícia diz do corredor e eu ri.

— Cheguei minhas gostosas — Sabrina entra na casa da Patrícia com um sorriso — Cadê a sobrinha mais linda do mundo? — ela veio até eu e a Nicole e estendeu os braços — me dá ela um pouco sua egoísta — reviro os olhos entregando a menina pra ela.

— Ela ama meu colo — falo com orgulho e ela me dá língua.

A casa da Patrícia era quase um centro de discussão, todas a reuniões a gente tinha aqui. Ângela que era a ligação entre a gente e o presídio. Os telefones foram tirados deles e por isso os meninos não ligam mais.

O que foi horrível, eu e a Patrícia não falamos com os meninos a um mês.

Como os dias passam rápido, Patrícia vai ver Juca todo domingo, infelizmente o Felipe é um presidiário cheios de processos e problemas, pegaram o telefone debaixo da cama dele e por isso ele foi prejudicado com as visitas minhas e da Alexandra.

É uma porra, que inferno essa bosta.

Ângela disse que precisava falar comigo e a Patrícia, a gente acha que tem haver com a fuga e por isso todas estamos a flor da pele.

— O que a Ângela quer em gente? — Sabrina pergunta brincando com a Nicole.

— Se a gente soubesse não estaríamos nessa agonia — Patrícia aparece na sala arrumando os cabelos loiros longos. Ela estava ansiosa, hoje quase não dormia depois da liga ao da Ângela.

— Calma cavala — Sabrina diz olhando pra ela.

Sentei no sofá também pensativa, Ângela marcou apenas comigo e com a Patrícia, já que a gente é as mais interessadas no assunto, Sabrina não tem nada haver veio porque Patrícia disse pra ela que Ângela ligou querendo conversar e a curiosa veio bisbilhotar.

Dona Alexandra não esta sabendo disso, Ângela disse que primeiro iria falar comigo sobre e depois eu escolhia se contava ou não pra ela.

Isso me assustou pra caralho, alguma coisa aconteceu com o Felipe.

Quando alguém bateu na porta olhei pra lá quando a patrícia já estava abrindo a porta e a Ângela surgia. Sempre elegante em seu salto e uma roupa social.

— Que demora Ângela, quer matar a gente decoração porra? — Patrícia diz e ela a olha com uma sobrancelha levantada.

— Calma minha filha — ela entrou colocando a bolsa na poltrona — tive que passar no posto de gasolina, meu carro ficou sem.

— Ângela... — a chamei sabendo qie ela tava enrolando pra entrar no assunto.

Ela respirou fundo e se sentou na minha frente e Patrícia a seguiu mas ficou em pé.

— Bom... primeiro que a fuga foi marcada pra amanhã — Patrícia pulou alegre e eu coloquei a mão na boca — não podia contar por telefone meninas e desculpe não ter vindo antes mas eu estou tão atarefada que não tenho tempo pra nada, mas os meninos falaram que era pra contar apenas quando tiver perto porque eles vão invadir Vidigal e principalmente você e Nicole é pra saírem daqui — ela avisa pra Patrícia que balança a cabeça repetitivamente — infelizmente não posso avisar a todos, essa informação não pode vazar.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora