Capítulo Quarenta e Um

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Iara

Deito na cama e me cubro até a cabeça sentindo o corpo fresco do banho recém tomado.

Descansei a cabeça no travesseiro pensando nas palavras que o Cobra me disse há dois dias. Não nos vemos mais.

Acho que ele não queira mesmo me ver depois deu ter tocado na ferida de falar da ex namorada morta do cara.

Que grande idiota eu sou.

Eu poderia ter aceitado a proposta tentadora que ele fez, transar sem problemas sem qualquer chance de relacionamento, era o que eu desejava até algumas semanas atrás. Mas agora eu sei que se aceitasse correria um risco maior de me machucar. Chegaria uma hora que ele se cansaria e me mandaria pastar, e aí como eu ficaria? Mais apaixonada ainda por ele e sem ele.

Talvez fosse melhor assim, talvez o universo quisesse me mostrar que eu ainda posso ser uma otária quando se trata de paixão. Por eu bater no peito dizendo que nunca iria me apaixonar de novo, e nunca iria deixar um cara pisar em mim e fazer o que quiser comigo.

Tai, quebrei a cara, nunca diga nunca.

Já era tarde quando eu me deitei, e no dia seguinte quando levantei fiz minha higiene matinal e vi que já eram nove da manhã.

Hoje era sábado e portanto os trabalhadores lá da loja não trabalhavam, agora só na segunda.

Segunda também começava meu curso e eu já estava ansiosa por esse novo feito, tirando minha situação amorosa a minha vida tá decolando e eu tô sendo grata a tudo isso, tento aproveitar o máximo por que eu sempre quis.

Nunca idealizei um futuro perfeito, casa, marido, filhos, emprego dos sonhos, vida perfeita, nunca foi algo que me chamasse atenção, eu mal sabia o que queria fazer. Porém eu agora tenho ideia do que quero pro meu futuro, e essa clinica de estética será só o começo do que eu venho planejando pra mim.

Chego na cozinha e coloco dois ovos pra cozinhar e coloco pra fazer um café também. Sento na mesa da cozinha olhando em volta.

Estava sozinha, as meninas concerteza estavam com os namorados.

Daqui a pouco essa casa vai ser só minha pelo jeito, já que ambas vivem na casa dos machos.

Tomo meu café da manhã na paz na nesa da cozinha e logo coloco um feijão pra cozinhar porque aqui tinha acabado todos que estavam no congelador. Resolvo passar um aspirador de pó no sofá e nas cadeiras porque já estavam tudo cheio de poeira, troco as cortinas também pra uma limpa e coloco essas pra lavar.

Estava na cozinha quando escuto um barulho do portão e uma gritaria ecoando, termino de colocar batata frita na Air frier e quando olho pro lado vejo as duas sumidas.

— Bom dia Iarinha — Patrícia fala e começa um coro de bom dia, Gael e Juca falam junto com a Sabrina a mesma fala de Patrícia.

— Bom dia gente, que animação em — digo vendo os quatro numas gargalhadas e num falatório.

— Cheiro tá bom cunhada — Juca chega perto de mim passando o braço pelo meu pescoço — que isso aí?

— Comida — digo e ele preciona os lábios — desencosta — tiro o braço dele de cima do meu ombro.

— Ei meu amor, nos vamos pra praia, aproveitar esse sol, anima? — Sabrina me pergunta me abraçando e eu olho pra ela.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora