Iara
— Advinha quem tá aí? — Sabrina fala apoiando o cotovelo na trinca da porta carregando um sorrisinho no rosto.
— Não faço a mínima ideia — olho pra ela me arrumando na cama já que estava me preparando pra deitar.
— Te dou uma dica, você tem gostado de cobras ultimamente — reviro os olhos rindo fraco.
— Como você é piadista há há há — finjo rir e ela rir também — porque ele não entra?
— Ele disse pra você se arrumar que ele quer te levar em um lugar — levanto uma sobrancelha.
— Que lugar?
— Não sei, se você não for vai lá avisar pra ele que ele tá te esperando lá fora — ela fecha porta e eu penso por um minuto.
Claro que eu vou, porque não iria? Não tem nada com que eu já não tenha feito com ele né. E eu também... já estava sentindo falta dele.
Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e coloco um short jeans lavagem clara que hoje a noite estava quente, coloco uma regata preta e claro uma rasteirinha.
Peguei meu celular saindo de casa com uma ansiedade boa de que ia vê-lo. Quando abro a porta o vejo sentado na moto dele e mexendo no celular. Ele escutou o barulho do portão e me olhou guardando o celular no bolso.
— Marcamos algo e eu não lembrava? — disse fechando o portão e me aproximando dele.
Ele nada diz, apenas passa o braço na minha cintura e me leva pra perto dele e com a outra mão segura na minha nuca me dando um beijo.
Toda vez que ele faz isso eu sinto um frio na barriga, isso e todas as outras coisas que ele faz que me deixa totalmente fora de mim.
— Você fez curso pra ser linda assim? — rir fraco com ele sussurrando contra minha boca e eu com os olhos fechados, ele encerra o beijo me dando selinhos.
— Nasci assim bebê — digo abrindo os olhos e ele sorri fraco me entregando um capacete rosa com preto muito bonito por sinal. Olho pra ele sem entender já que a gente nem anda com capacete aqui dentro do morro.
— Vamos sair do morro — ele explica vendo no meu rosto minha duvida e pega o outro capacete preto e coloca.
— Não tem piolho nesse capacete não né? — falo fazendo graça e ainda tenho tempo de ver o sorriso com o aparelho dele antes do capacete tampar.
— É novo — ele responde e eu levanto uma sobrancelha — comprei pra tu.
Ele liga a moto mas não consigo parar de olhar pra ele e depois pro capacete.
Ele comprou uma capacete pra mim? Pra que se não tenho moto e mal ando com ele ou com qualquer outra pessoa de moto?
— Qual foi? — ele pergunta me olhando de novo e eu pisco duas vezes antes de focar minha atenção pra ele.
— Comprou um capacete pra eu andar com tu?
— É — ele confirma e eu não segurei o sorriso que surgiu — qual o problema pô?
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Meu Alvo
Romansa📍Vidigal - Rio de Janeiro As vezes superar alguém é difícil mas não é impossível. Se torna mais complicado se não se permite viver algo novo, Iara não se da esse direito e também não deseja nenhum relacionamento sério. Cobra é da mesma forma, lida...