Capítulo Cinquenta

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Iara

Desperto quando escuto meu celular apitar pela décima vez. Nem vejo quando ele começa a tocar e sem perceber eu desligo o alarme.

Decido levantar por vez vendo que já era 08:15. Tinha que estar na loja as 9 e ainda tinha que passar em casa pra trocar de roupa.

Concerteza eu estava acabada, nem tomei banho ontem quando cheguei aqui e mal pude tirar minha roupa e colocar uma pra dormir, apenas capotei, ainda mais do que o que o Cobra me proporcionou ontem.

Tiro minha blusa e a calcinha que era só o que estava no meu corpo e entro debaixo da ducha.

Maravilhosa, saia água debaixo de um quadrado de metal totalmente diferente do chuveiro elétrico lá de casa, sem querer desmerecer o meu chuveiro que é o que me ajuda diariamente mas essa ducha era muito boa.

Usei um sabonete líquido que tinha por ali e depois sai.

Não tinha toalha então pelada mesmo andei pelo quarto do Cobra procurando por alguma toalha e achei na parte de cima do guarda roupa. Tive que pegar uma cadeira pra subir e pegar.

Me sequei tranquila e vestir a mesma roupa, ia passar em casa de qualquer jeito e lá eu trocava de roupa e arrumava meu cabelo, já que tava só a o embaraço por ter dormido sem minha touca de cetim. Procurei por algum desodorante e passei um de spray dele.

Cheiro dele.

Neguei com a cabeça, esquece do Cobra Iara!

Arrumei a cama e deixei a toalha dentro do banheiro, deixei o quarto indo pra sala e calcei meus saltos e peguei minha bolsa.

Abri a porta da casa dele que percebi que estava com a chave na porta. Ele deixava assim? Ou só porque eu estava ele deixou? Será que levo?

Na dúvida resolvi trancar e levar, qualquer coisa ele vai lá na loja e pega.

Quando abri o portão automático com a chave tinha dois caras na frentes que já me olharam. Sabia que ficava uns ali de olho.

— Bom dia — comprimento passando e apertando o botão da chave.

— Bom dia — um deles falou e parou na minha frente — ou dona, nos vamos ter que te revistar — levanto uma sobrancelha.

— Como é que é? Acha que roubei alguma coisa?

— Não acho nada é só ordem do chefe — abro a boca chocada.

Quem ele pensa que é? Foi ele que me deixou dormindo, não se importou quando tava saindo.

— Pois mande seu chefe ir pra puta que pariu — vou passando mais aí os caras seguram meu braço — ME SOLTA.

— Não precisa se alterar Iara, a gente só tá fazendo nosso trabalho.

— Problema de vocês, ninguém vai tocar em mim — arrumo minha bolsa.

— Ae mas tu não pode sair com nada do chefe, se ele mandou a gente tem que seguir, colabora vai — o outro pede e esse pareceu mais irritado.

— Eu não sou ladra, não peguei nada e ninguém vai me revistar coisa nenhuma — virei as costas me desviando quando um dos rapazes tentou pegar no meu braço — tenta me tocar pra fazer se eu não caso um escândalo aqui dizendo que vocês estão me assediando — eles me olham com os olhos arregalados.

— Não é assim também, a gente só tá fazendo o que o Cobra mandou.

— Foda-se o que ele mandou, em mim ninguém toca — voltei a andar — se ele quiser ele que procure na casa dele pra saber se alguma coisa tá faltando — falei alto enquanto ia me afastando.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora