Capítulo Quarenta e Sete

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Iara

Que loucura!

Eu não dormir essa noite de tanta ansiedade pra que esse dia acontecesse logo.

Era incrível, me sentia tão bem, vivendo algo tão especial, me sinto feliz em estar aqui.

Mexi na papelada em cima da mesa procurando um contrato que a Alexandra precisava assinar.

Aonde coloquei mesmo...

— Isso aqui ficou maneiro demais — a voz do Cobra ecoa e eu levanto o olhar pra ver ele andando olhando pra tudo — Tu tá de parabéns — ele diz me fazendo sorrir.

— Sério? Gostou? — ele me olhou.

— Tá brincando? Ficou foda — ele vai até a varanda e mexe nas cadeiras de descanso — espaço bem aproveitado pô.

— Tive que pensar em tudo — me aproximei dele — sabe, tive um desespero essa semana porque não achava uma geladeira que cabia naquele espaço da cozinha, eu já tava surtando.

A copa não é grande e por isso é planejada mas quem disse que eu lembrava do tamanho da geladeira, a sorte foi que Nicolas achou uma que deu certinho.

— Valeu a pena tudo — ele encostou no parapeito — como fez com as pessoas pra contratar?

— Isso que a gente precisava conversar, eu já achei algumas manicures, já contratei cinco e tá ótimo pelo menos por enquanto, mais duas pessoas pra fazer extensão de cílios e também pra ficar na micro eu contratei três, não sei se foi muito mas eu acho que foi o suficiente, se tiver você me avisa, porque tem que depender do lucro e da tanto medo de não conseguir pagar esse pessoal que... — Cobra levanta a mão e pousa nos meus ombros e eu paro de falar, ele estava com uma expressão séria e também com uma ruga no meio das sobrancelhas como se não entendesse nada.

— Iara, calma, devagar que tem hora que tu fala grego — respiro fundo e ele me solta — sabe que não entendo nada dessas parada e tu ainda vem me falar rápido — começo a rir e ele sorri negando a cabeça.

— Ah é que eu tô nervosa, é tanta preocupação mas eu tô feliz, não quero que pense não quero estar aqui porque eu quero ouviu? Só tô nervosa.

— Tá, relaxa — ele pega nos meus ombros e faz uma massagem com os dedos — tu tá muito tensa mulher — fecho os olhos deixando meu corpo relaxar e sentir o toque dele.

Qualquer simples toque eu já fico com um frio na barriga.

— Eu sei — falo depois de um tempo e ele para de me massagear e eu abro os olhos encontrando os olhos dele fixos em mim.

— Você tá indo bem — ele diz descendo as mãos pelos meus braços — nada seria possível se tu não tivesse vindo aqui todo dia ajudar no que era possível, aposto que se soubesse tinha até virado pedreiro — ri balançando a cabeça.

— Com certeza eu faria isso.

— Agora é só gerenciar a parada toda, tu dá conta, acha que eu ia colocar qualquer uma nesse lugar?

— Me pergunto até hoje porque mesmo você me escolheu — as mãos dele me soltaram de mim e eu senti instantaneamente falta do toque das suas mãos, ele colocou elas no bolso da calça.

— Ainda quer resposta? Olha aqui o que tu fez, qualquer uma tinha largado de mão e só entrado quando fosse pra trabalhar, eu nunca mandei você vir.

Isso é verdade, porém eu sentia necessidades de ajudar, de ser útil, simplesmente por ele ter me ajudado a me dar um emprego tão bom, sem eu ter nenhuma experiência com isso ou formação em algo.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora