Capítulo Cinquenta e Seis

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Iara

— Você se acha Iara, sabe que é bonita mas não precisava ficar esfregando a bunda na cara dos meus funcionários daquele jeito — reviro os olhos com a fala do Cobra.

— Ah pelo menos eu conquisto gente pela minha idade e você que quem gosta de tu é a terceira idade — ele me olha sério e eu gargalho — a Neide, sua paquera.

— Tu é chatona em — ele bebe a cerveja.

A gente já estava aqui há um bom tempo, conversa vai e conversa vem a gente já tinha almoçado e agora a gente tinha voltado a beber. Mas como nada é perfeito uma vez ou outra a gente se pegava discutindo.

— Ficou sentido? — pego na cabeça dele passando a mão numa caricia leve.

— Tu adora me encher por causa da Neide né, mas ficou se mordendo por causa do dia do baile — preciono os lábios tirando minha mão dele.

Sempre tem que voltar nesse assunto.

— Você não cansa de me encher com isso?

— Não — ele olha pra minha boca e depois desvia.

Ela tá doido pra me beijar, já tentou várias vezes mas eu sempre negando, pra deixar de ser otário pelo o que ele fez.

— Não até você confessar que ficou com ciúmes de mim naquele dia — ele susurra no meu ouvido e por baixo da mesa ele aperta minha coxa.

Mas eu tô sendo bem forte também porque é cada investida que ele ta fazendo, ele não brinca em serviço.

— Já disse que não fiquei — falei quase fechando os olhos com a respiração dele batendo no.meu pescoço.

— Então eu poderia chegar em qualquer mulher daqui? Dançar com qualquer uma — olhei pra ele.

— Claro que não você tá comigo agora — ele sorri.

— Mas nos só somos amigos coloridos.

— Mas tá comigo agora, pelo menos um respeito né — bebo a minha quinta caipirinha do dia, já estav meio tonta mas em sã de tudo — não é nada de ciúmes só que seria falta de respeito.

— Vamos ver... — ele se levanta da mesa e eu o olho na mesma hora deixando a bebida em cima da mesa.

— Você não vai fazer isso.

— Então olha — ele sai em direção aonde tinha um grupo de mulheres dançando. Cruzo os braços irritada o olhando andar pela pista de dança.

Ele vai em cima de uma ruiva com o cabelão longo e fala alguma coisa no ouvido dela. Meu sangue ferveu tanto que eu bebi quase a caipirinha inteira porque fiquei com a boca seca.

Ela sorria tanto pra ele que parecia que ela tinha ganhado na mega sena. Ele segurou na não dela e levou ela pra juntodele dançando mais perto.

Balancei o pé puta ja de raiva, que filho da mãe, eu poderia pagar com a mesma moeda agora mesmo mas eu mal consigo levantar e eu mereço por ter feito tudo o que eu fiz hoje com ele.

Eles dançavam agarrados demais, sorrisos demais, ele não ria assim comigo, ele tava segurando na cintura dela muito perto da bunda e a mulher estava quase subindo em cima dele empidurada no pescoço dele. Ele direcionava o olhar pra mim todo risonho achando que estava esfregando algo na minha cara, algo que eu já sabia que sentia mas ele não precisava saber.

Meu AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora