Barco De Papel - Macarena y Dionísio (Concluído)

🧚🏻‍♀️ MyD 11 🧚🏻‍♂️

danifelix15485688
Toda sua lindona 🥰

Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Bernardo: Eu sei que está com medo, eu também estou, somos médicos e sabemos os riscos da automedicação, ainda mais nos medicamentos dessa doença, não podemos viver assim, não posso permitir que morra - minha voz se quebrou - não me peça isso, não irei te deixar sozinha, não mais, nosso filho é esperto e vai perceber, a viagem foi cansativa, está nervosa, vamos descansar e amanhã mais calmos vamos pensar em um plano, não vou te perder.

Daniele: Posso conversar com um oncologista... alguém da área para me orientar - fechei os meus olhos pensando nas possibilidades - não... não vou permitir que ele me veja assim... inventaremos uma desculpa... está bem... eu te amo Bernardo... muito - me agarrei a ele chorando.

Bernardo: Nós vamos conversar, não está mais sozinha, não contaremos agora que suspeitamos porque pode ser isso, apenas uma suspeita, se confirmar falaremos para ele, sou eu quem te amo, muito, não duvide que sou capaz de fazer qualquer coisa pelo meu amor - a abracei - chore amor, chore tudo que necessitar.

Foi assim que eu adormeci, em meio ao choro e aos afagos de meu marido. No outro dia acordei me sentindo enjoada, cansada, mesmo assim me levantei da cama. Ele estava perdido em seus pensamentos, por sua expressão não conseguiu dormir e eu não queria lhe deixar assim, preocupado comigo. Não queria que ele me visse debilitada, nenhum dos dois. Após tomar um banho, me troquei, esperei por ele e descemos para tomar café. Nosso filho já estava a mesa, lendo o jornal.

Daniele: Bom dia meu filho - beijei ele e me sentei no meu lugar - como passou a noite?- me servi um pouco de café, quem sabe assim não me sentiria melhor... mas estava totalmente equivocada... o cheiro forte do café só aumento o enjôo que eu senti, assim como uma contração involuntária em meu abdômen... apertei o guardanapo em minha mão e respirei fundo para que eles não percebessem.

Dionísio: Bom dia, mamãe - falei deixando o jornal de lado - eu dormi feito um bebê, conversou com o papai? Ontem parecia um pouco brava com o coitado - ri - a senhora não conseguiu descansar, meu pai foi malvado e não permitiu?

Bernardo: Bom dia meu filho - bati em seu ombro e me sentei - quê isso meu filho? Claro que deixei sua mãe descansar, estavam cansados... vai trabalhar hoje ou ficará em casa descansando? - olhei para Daniele e percebi que algo estava se passando... ali já fiquei atento.

Daniele: Tenho os meus motivos para estar assim e ele sabe muito bem - peguei uma torrada, passei um pouco de geleia e comi.

Dionísio: Bom dia, pelo visto não conseguiu acalmar a fera pai, está perdendo o jeito - ri - vou trabalhar mais tarde, pretendo passar em um lugar antes, vocês vão ficar em casa, curtir uma lua de mel, matar as saudades, porque mãe com o seu gelo ontem quase matou o velho - gargalhei - sabe que adoro ver as demonstrações de carinho.

Estava tentando me manter firme diante deles, mas já não estava conseguindo. Me levantei da cadeira, deixando a torrada em meu prato, mas no mesmo instante me sentei. Tudo estava girando, meu estômago estava doendo, assim como a ânsia de vômito se intensificava. Queria correr para o banheiro, precisa urgente, mas o meu corpo não me obedecía.

Daniele: Bernardo...- toquei minha barriga e me curvei sentindo a dor aumentando... não podia ser... esse pesadelo estava longe do fim.

Bernardo: Meu amor - a olhei desesperado - filho pega as chaves do carro, vamos levar sua mãe ao hospital - a carreguei indo para a garagem, usaria qualquer motivo para fazer os exames, somente assim poderíamos diagnosticá-la, rezava para que não fosse nada grave - vai ficar tudo bem meu amor - Dionísio veio logo em seguida.