danifelix15485688
Toda sua minha linda 😍Escrita com
Carolleite26 ❤️✨Parei por um instante admirando uma linda garotinha que estava saltitante ao longe no jardim. Ela brincava com uma outra criança, ao qual eu não soube identificar porquê no mesmo momento outras crianças entraram ali correndo e gritando. Suspirei triste e segui a caminhada com o Dr Carlos. Quando chegamos a direção bati na porta e entrei.
Aurora: Boa tarde... Sra Inês, me chamo Aurora, sou a mãe do Arthur... Arthur González... um policial me informou que haviam deixado o meu filho aqui... me desculpe total a minha falta de educação, mas é que eu sofri um acidente, nós sofremos... meu marido morreu e eu estava em coma... deixaram ele aqui enquanto eu não me recuperava, não temos família - falava nervosa.
Inês: Boa tarde, como vão? Carlos que surpresa - sorri - Por favor sentem, Aurora não é? Pode me chamar apenas de Inês, me lembro da chegada de uma nova criança em nossa instituição, isso foi antes do incêndio - me levantei indo até nosso arquivo - Gostariam de um café, um chá ou uma água? - falei enquanto procurava a ficha, assim que achei voltei a sentar lendo os documentos.
Aurora: Incêndio? Que incêndio? - me levantei no mesmo instante em que havia sentado na cadeira - não... não... tudo que eu desejo saber é do meu filho... Arthur González... ele está bem, não está?
Carlos: Aurora... vem, vamos deixar a diretora explicar - lhe ajudei a sentar - muito prazer Inês, sou o médico da Aurora, estou acompanhando ela... desculpe a minha paciente, ela está preocupada com o filho, consegue entender a sua preocupação, não é? - questionei calmamente.
Inês: Claro que entendo - depois de olhar aqueles papéis coloquei a pasta na mesa os olhando seriamente - houve um incêndio em nossa instituição, devido uma falha elétrica, infelizmente nesse dia perdemos a diretora Fernanda e três crianças, eu sinto muito Aurora, gostaria de dar boas notícias, mas infelizmente seu filho estava entre as vítimas.
Aurora: Não... não... o meu filho não, isso é mentira, é uma mentira - me levantei da cadeira atordoada - o meu Arthur não... ele não... naaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooo - gritei desolada caindo no chão de joelhos.
Carlos: Aurora - a abracei, sentia sua dor, entendia os seus sentimentos - chora, chora tudo o que quiser, eu estou aqui, não vou te deixar sozinha.
Inês: Vou buscar uma água - saí os deixando sozinhos, havia tirado a esperança de uma mãe, mesmo sendo um acidente, me sinto responsável, quando ocorreu estava de férias levando uns dias para poder retornar e ajudar a realocar as crianças, ir atrás dos documentos queimados, fui ao jardim e fiquei observando as crianças brincarem, daria um tempo para eles conversarem.
Quando senti o Carlos me abraçar, me agarrei a ele em meio ao desespero que assolava a minha alma. Eu não tinha mais forças para enfrentar a vida, para lutar contra nada, só queria morrer, ir com a minha família. A minha vida aqui já não fazia mais sentido sem eles. Saí daquele lugar guiada por ele, sem destino, sem rumo, sem vontade de mais nada. Não consegui mais falar com ninguém, estava fora de mim. Havia perdido duas pessoas que eu amava e sem a possibilidade de lhes dar um último adeus. Tudo que me lembro é vagamente da voz do Carlos, depois disso tudo em mim se tornou um branco.
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Estava sentado em frente a porta do quarto da Macarena, esperava que pegasse alguns brinquedos para levar em nosso esconderijo, não poderia estar no primeiro andar sem companhia de um adulto, por ser cego a dona Inês tinha muito cuidado para não me machucar, a escada era um perigo para mim, era o que ela dizia, mas não podia aceitar que minha esposa carregasse os brinquedos sozinha, não seria um cavalheiro se fizesse isso. Segurava seu urso favorito, tinha o perfume dela nele, ouvi passos e chamei por ela, acho que não escutou, senti o urso ser tirado da minha mão.
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Barco De Papel - Macarena y Dionísio (Concluído)
RomanceNão tinha olhos para mais ninguém além do meu amor, que estava vestido como um verdadeiro cavalheiro. Minhas pernas bambas davam um passo e retrocediam três, essa era a sensação que eu tinha. Parecia que o corredor era imenso, que eu nunca chegaria...