🧚🏻‍♀️ MyD 31 🧚🏻‍♂️

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danifelix15485688
Toda sua lindeza 😍

Escrita com
Carolleite26 🥰❤️

Carlos: Amor - nos deitamos em silêncio, esperaria até ela poder conversar, fazendo carinho em suas costas, Dionísio? - O que tem ele? Quer que eu o chame? - espera, não queria imaginar, ele teria feito alguma coisa para ela, estive perto dela todo o momento, sentia uma raiva se apoderar de mim - amor, olha para mim, ele fez algo com você? Pode me dizer.

Aurora: Quê? - me levantei um pouco lhe olhando - não Carlos... Dionísio não fez nada, absolutamente nada... ele me respeita... mas não é isso... Carlos... Dionísio pode ser o meu filho? Tem uma possibilidade por menor que seja ou quase inexistente que ele seja o meu Arthur? - já sentia as lágrimas voltarem a sair.

Carlos: Impossível amor, quero dizer fomos até o orfanato, vimos os documentos, fomos até o cemitério, desculpe ser duro, não quero que tenha esperanças com algo tão doloroso, que volte a ficar deprimida e nem quero pensar.

Aurora: Erros acontecem Carlos... meu filho não era o único menino naquele lugar, não era... eu sei disso... eles podem ter se confundido... perderam documentos, os do meu filho principalmente... enterraram um corpo sem fazer um exame que comprovassem que foi ele e não outra pessoa... mas não, declararam o óbito e lhe sepultaram... mas se erraram? Se o meu filho estiver vivo? Se for o Dionísio? E se? - chorava desolada.

Carlos: Amor calma - abracei - tenho medo de te perder, que volte a - segurei sua mão e passando lentamente o meu dedo pela cicatriz - não vamos nos precipitar, pode não ser o Dionísio, na verdade não sei de onde tirou essa ideia, eu não sei, não sei.

Aurora: Você não entende Carlos - puxei minha mão da sua e me levantei - ninguém entende a minha dor... a desgraça que foi aquele acidente... meu filho... meu filho estava naquele acidente, retiraram ele com vida, deixaram naquele orfanato... ele não tinha ninguém, estava assustado - chorei desesperada - meu filho não morreu, eu sei que não... aquela marca... a história... as coisas que a minha filha falou... eu sei... eu sei que ele pode ser o meu filho... o meu garotinho - peguei o pequeno urso que estava no sofá e lhe abracei chorando... foi a única coisa fora as fotografias que eu guardei do meu filho, da nossa família - meu Arthur... ninguém sabe a dor que eu sinto... ninguém... e se você não acredita em mim... foram vinte anos chorando a morte dele, vinte... nada nem ninguém conseguiu tirar isso daqui... de repente tudo começa a ser questionado... todos cometem erros, todos... sem exceção... está com medo de quê? Que eu acorde e diga que não é essa a minha família? Que amo um defunto? Que eu desista de procurar o filho que podem ter me tirado? Que eu te abandone? E os nossos filhos? - sorri sentindo as lágrimas saírem e fui para a varanda do quarto... não me importava se estava se estava sem roupa, se fazia frio ou o que quer que fosse... me sentei no divã abraçada com a pequena pelúcia e fiquei desolada.

Carlos: Do que tenho medo? - fui atrás dela - quer realmente saber do que tenho medo? Que você tente se matar é o que tenho medo, que fiquei obcecada com essa ideia de que o filho esteja vivo para depois descobrir que não, volte a ficar tão deprimida, se trancar, esquecer que ainda tem uma família que te ama, você pode acordar e dizer que não somos sua família, pode me abandonar, a mim e aos nossos filhos, se é o que quer, se estamos interferindo, eu quero estar ao seu lado, te ajudar, não sei se consigo se suas esperanças forem tiradas, estou sendo duro como foi com nossa filha, porque te amo - respirei fundo - eu sei mais do que ninguém o que é perder alguém, sabe muito bem que perdi minha esposa e filho, não sei o que Macarena falou, nem porque acha que Dionísio seria o seu filho.

Barco De Papel - Macarena y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora