Capítulo 11 - Tempestade

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Postagem dupla com esse capítulo, dia 14/11/22

Capítulo cheio de emoções e surpresas no ponto de vista do Príncipe Allard.

Capítulo cheio de emoções e surpresas no ponto de vista do Príncipe Allard

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2 dias depois...

Príncipe Allard

Olhando para o céu, as nuvens escuras que se aglomeravam traziam consigo uma sensação de desconforto. Como se algo ruim estivesse prestes a acontecer. Um nó se formava em minha garganta e eu não conseguia entender claramente o porquê.

Através das janelas do meu quarto, as folhas das árvores balançavam fortemente com o vento parecendo que a qualquer segundo seriam arrancadas a força dos galhos. Abri as janelas e caminhei para a pequena sacada tentando entender porque tudo parecia tão fora do lugar. Eu quase conseguia sentir o cheiro da grama molhada, mesmo sem ter começado a chover. Assustei-me ligeiramente quando um raio perpassou o céu e contei mentalmente até cinco esperando ouvir o barulho do trovão.

Um arrepio passou por minha espinha em direção a nuca e eu instintivamente me afastei e voltei para o meu quarto, fechando os vidros atrás de mim. Não havia conseguido nem caminhar até a porta quando ouvi o barulho da chuva caindo, fazendo-me novamente virar a cabeça em direção das janelas. Uma chuva torrencial, sem dúvida.

Sentei-me na beirada da cama e fiquei algum tempo apenas olhando para o nada, ouvindo a chuva cair e o barulho que o vento fazia enquanto balançava os galhos das árvores.

Agora não havia muito o que fazer, não é como se houvesse muitas atividades disponíveis quando estávamos limitados a ficar apenas dentro do castelo. Eu teria que me virar com qualquer coisa que pudesse me distrair.

E foi com esse pensamento que saí pisando fundo do quarto em direção as escadas principais do castelo. Meu objetivo era achar algum criado no caminho ou até mesmo Catarina e perguntar se ela iria para a biblioteca, porque com toda certeza era o local onde ela passava mais tempo. E eu sempre podia vê-la com um livro em suas mãos, a forma como sorria inocente para as escrituras de um papel.

- Ah, por que estou pensando nisso agora?!

Mas afinal, onde ela estaria com toda essa chuva?!

Parei na beira das escadas e praguejei mentalmente. Onde estão os servos desse lugar? Deveria ter no mínimo 20 pessoas apenas para cuidarem dessa área. Onde todos foram parar?

- Onde estão todos?

Virei a cabeça para o lado ao ouvir algo como gritos vindos do andar de baixo. Apertei os olhos tentando ouvir melhor e pude reconhecer a voz de uma das damas de Catarina, a mais próxima dela, Ana.

Eram definitivamente gritos.

- O que foi isso?

Eu estava prestes a descer as escadas quando uma mão gelada agarrou meu braço esquerdo, me assustei de imediato.

Entregue ao Príncipe Inglês (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora