Capítulo 12 - Após a Tempestade

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Princesa Catarina

Olhe para aquela garota ali, deitada no chão. Olhe bem de perto.

Aquela mesmo, deitada em posição quase fetal na terra lamacenta em meio a uma floresta durante uma forte tempestade. Com o vestido tão rasgado do lado direito que era possível ver a saia de armação, com os sapatos de salto baixo jogados ao seu lado. Um filete de sangue escorrendo por sua testa, os braços arranhados e vermelhos. Com o corpo entrando no primeiro estágio de congelamento e perda total dos movimentos, tremendo para produzir calor e aumentar sua temperatura.

Aquela garota, com uma possível costela quebrada por ter descido rolando uma ribanceira de quase 10 metros depois de ter sido jogada longe por seu cavalo. Uma contusão atrás do pescoço que já estava ficando roxa e uma fome, ah; uma fome que era difícil distinguir.

É, aquela sou eu.

Como eu fiquei assim, você deve estar se perguntando. Bom, me acompanhe então, porque eu também estou tentando entender.

[...]

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Ou melhor, do que havia acontecido, porque quando acordei eu já estava sobre uma cama quentinha sentindo algumas partes do meu corpo doendo.

Mas, vamos por partes.

Onde eu estava mesmo? Saindo para cavalgar.

Não, eu não estava fugindo, apesar de ter pensado nisso quando tive a permissão de Adhara para ir à floresta.

Eu não poderia simplesmente abandonar tudo para trás agora, as princesas não fogem de suas responsabilidades; elas dão um jeito de escapar com graça de situações estressantes.

Tudo bem, talvez eu estive tentando mesmo fugir, não de propósito, é claro. Mas eu só havia percebido as nuvens de tempestade quando já estava dentro da floresta, bem perto do meu destino final, a cachoeira que ficava quase no limite da propriedade do castelo. O que, considerando o tamanho da propriedade que tínhamos, era bem distante do castelo na verdade.

Mas meu objetivo era esse, me afastar um pouco da pressão do casamento que está cada vez mais perto. De ter que tomar uma decisão final sobre o meu próprio destino e apenas aceitar que não podemos ter tudo nessa vida.

Uma pequena amostra do que seria ser livre.

Era isso que eu sentia andando pela floresta sem nenhuma supervisão, sem nenhum guarda fingindo que só estava passeando pra ficar de olho em mim. A sensação de liberdade não deixava o sorriso sair do meu rosto.

Quando os pingos de chuva começaram a cair, eu não havia pensado que as coisas poderiam ir tão mal, tão rapidamente.

A chuva começou a cair forte e eu não conseguia enxergar nada direito, passei uma mão sobre os olhos mas de nada adiantou com a força da água que caia sobre mim.

Entregue ao Príncipe Inglês (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora