47. A Marca II

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Nota da Autora: Garanto que vocês não estão preparados pra esse capítulo...

Jungkook rosnou, deixando o corpo cansado cair sobre a cama. Ele já havia perdido a conta de quantas vezes se tocara só naquela tarde. Agora, tinha acabado uma delas, e estava em dos seus curtos momentos de sobriedade antes que o desejo o consumisse novamente.

Era o sexto dia de seu rut, e agora, os intervalos e o controle sob seu corpo estavam mais estáveis. Amanhã, provavelmente já estaria seguindo sua vida normalmente.

Não podia negar, que passar seu cio no castelo - mesmo que sem seu ômega - era melhor do que naquele chalé isolado no meio do mato, onde era trancado no porão e passava a semana sem se alimentar e tomando o mínimo de água necessário quando seu pai levava para si.

Aqui, em sua casa, um soldado alfa o trazia todas as três refeições e colocavam água quente em sua banheira - mesmo que para isso tivessem que segurá-lo na cama para evitar fugas - Ele ergueu a mão em frente o rosto, a girando para os lados, analisando a cicatriz - quase invisível - que contornava seu pulso.

Resultado de anos sendo acorrentado e de tanto se machucar e se curar, a marca de seus cios conturbados ficou gravada em sua pele. Essa era apenas uma das várias existentes, claro.

"Não vou deixar que o vejam nesse estado, e não vou deixar que se toque. Não importa o quanto precise disso, você não tem esse direito".

Eram as palavras de seu pai, mas assim como não entendeu a mutilação que sofreu em seu ventre, não entendeu o que o patriarca quis dizer com isso.

Fechou os olhos e respirou fundo. Já sentia a excitação voltar e a mente ficar turva. Estava perdendo o controle aos poucos. Não ver Jimin nos últimos dias, não ajudou em nada. Continuava sedento pelo corpo do parceiro do mesmo jeito - ou até mais - que no primeiro dia do Rut.

- Jimin... - murmurou. Deslizando a mão pelo peito nu, e a alojando entre as pernas, sentindo o cheiro de caramelo pairar no ar. Sua mente o pregava peças mais uma vez. As vezes escutava sua voz, outras parecia sentir seu cheiro pelo quarto. Mas sempre que olhava para as portas com fio de esperança, não havia ninguém.

Dessa vez, quando virou o rosto para o lado, achou que as alucinações tivessem evoluído, pois viu a figura do ômega parado em frente as portas, do lado de dentro de seu quarto. Ele gemeu em desejo, ao imaginar o ômega andando até si e tomando seu corpo, envolvendo seu pau com seu interior apertado.

Jimin derrubou a bandeja de alimentos que carregava. Frutas rolaram e o jogo de chá de porcelana se estilhaçou no chão. Ele suspirou, sem folego com a figura do marido na cama, proferindo seu nome, de um jeito tão doce e gemendo somente em vê-lo ali.

Sem contar seu aroma, impregnado no ambiente. O cheiro de petricor forte. Fazia parecer que a época de tempestades de verão havia dado as caras e o solo expelia seu aroma de terra molhada junto ao orvalho amadeirado e doce das árvores.

Depois de conversar com os guardas e descobrir que Jungkook já estava menos afetado, achou que não faria mal ir dar uma olhada nele, já que ainda se sentia culpado por tê-lo abandonado durante a semana. Mas lá estava ele, excitado ao ver o alfa se tocando. Os olhos dourados o encarando tão profundamente e aquelas presas, que reluziam com sua boca entre aberta, soltando gemidos fracos.

𝘘𝘜𝘌𝘌𝘕𝘚 & 𝘒𝘐𝘕𝘎𝘚▪︎jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora