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Era uma madrugada fria de inverno. A neve era vista caindo do lado de fora da janela do quarto em que a rainha se mantinha aquecida, sentada em sua poltrona de frente para a lareira.
A bela ômega mantinha a cabeça baixa, enquanto bordava com linha vermelha pequenas rosas em uma espessa manta. Esta que seria usada para manter seu futuro bebê bem aquecido. Já que o nascimento do mesmo estava previsto para os próximos dias, e ele ou ela, iria nascer na estação fria do ano.
A mulher suspirou, colocando uma mecha de seus escuros e longos cabelos atrás da orelha. Lançando um olhar discreto para seu alfa, o Rei. Como sempre, ele estava sentado em sua mesa de trabalho, concentrado em uma pilha de papéis. Não pronunciava uma palavra, apenas os rosnados de frustação com o trabalho excessivo. Ele nem mesmo olhava para a esposa.
Podia ser pior, Sandara pensou.
Alisando sua grande barriga de nove meses. Pelo menos ele faz questão de ficar por perto para quando eu precisar.A ômega sorriu. Eles tinham certeza que o pequeno serzinho que crescia em seu ventre era um alfa, o cheiro não mentia, era extremamente forte. Ambos chegavam até a suspeitar que se tratava de um lúpus. Mas quanto ao sexo, não podiam afirmar nada. O rei queria que fosse um menino. Agora a rainha, bom, para ela isso não importava, iria amar seu bebê com todo o amor que uma mãe tem a oferecer.
Sandara parou de acariciar a barriga e já estendia as mãos para pegar o bastidor e a agulha de bordado que havia colocado de lado, quando uma pontada aguada em seu ventre a interrompeu. A mulher cerrou o maxilar e gemeu com a dor.
- Querida - a voz profunda e preocupada do alfa foi ouvida quando ele sentiu a dor da parceira pela marca - Você está bem?
- Não - ela negou movendo a cabeça para os lados - Está doendo muito, acho que a bolsa estourou.
- Venha aqui - o homem em um piscar de olhos já estava ao seu lado ajudando-a a se levantar. E quando a mulher o fez, sentiu o liquido quente escorrer por entre as penas.
Em passos lentos a morena foi guiada pelo marido até a porta da sala em que estavam, e assim que saíram o alfa gritou para que os guardas no corredor chamassem a parteira. Ele então levou a pequena ômega aos aposentos reais, a colocando deitada sobre a cama do casal.
- Você vai conseguir querida - o homem segurou a delicada e macia mão entre as suas - Você nasceu para fazer isso.
- E eu irei cumprir com meu dever, alfa - Sandara respondeu, fazendo um esforço para sorrir mesmo com a dor que a assolava.
Suk também sorriu. Ele não poderia ter encontrado outro ômega melhor do que a sua. Com beleza deslumbrante, delicada como uma flor. E acima de tudo, sabia agradar seu marido.
Em poucos minutos o quarto foi tomado por outros ômegas. De empregados a parteiros. Todos ali, dispostos a ajudar a rainha. O único alfa no cômodo - mesmo sendo o rei - foi expulso. Pois de acordo com a parteira chefe, sua presença iria atrapalhar a movimentação. O homem não ficou nada contente de ter que seguir as ordens dadas por uma ômega, ainda mais uma de classe tão baixa. Mas era sua esposa e seu futuro herdeiro que estavam em jogo. Então mesmo com a infelicidade estampada nas feições ele saiu do local e fechou a porta atrás de si.
Iria voltar para o escritório, quando o parto terminasse, o chamariam. Porém o alfa não teve chance de se afastar da porta nem alguns poucos metros antes de cair no chão de joelhos. Se dobrando ao meio ao sentir a dor em seu abdômen e costas. Rosnando e amaldiçoando a marca que criava o vínculo entre ele e a mulher dentro do quarto. Não era trabalho seu sentir essas dores afinal de contas.
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𝘘𝘜𝘌𝘌𝘕𝘚 & 𝘒𝘐𝘕𝘎𝘚▪︎jjk + pjm
FanficJeon Jungkook, um alfa lúpus e príncipe herdeiro de Seul. Criado desde o seu nascimento com os ensinamentos do pai que diziam claramente: "Um alfa tem o mundo na palma de sua mão. Os ômegas são fracos, e não devem nada a nós além de sua submissão". ...