39. "Aquela Conversa"

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Naquela manhã, quando Jeon chegou para limpar o salão foi impedido as portas do mesmo por dois soldados, que com os corpos barraram sua entrada.

- Por que fizeram isso? - questionou dando um paço para trás. E franzindo o nariz ao falar.

Para ser sincero, ele não estava tão bravo. Afinal, se não o deixassem entrar, não precisaria limpar. Mas por outro lado, perderia a aposta.

- São ordens do rei ômega, vossa majestade - um dos homens respondeu - ele disse que seus serviços estão dispensados por hoje.

- O que? Por quê? - embora feliz, de certa forma ainda era suspeito. Talvez fosse algum tipo de teste! - Onde o ômega está? Quero falar com ele! - ordenou imediato. Os soldados se entreolharam apreensivos. Não sabiam se essa "conversa" teria um bom fim.

- Ele está... - o mesmo soldado que falou antes começou.

- Eu estou aqui - a voz o interrompendo ecoou de dentro do salão e os três alfas olharam na direção da mesma. Jimin tinha um maço de folhas em suas mãos, e alguns servos ao seu redor (fora os inúmeros outros que se empenhavam em limpar e arrumar o local). - Deixem-no entrar - ordenou. Assim, os alfas deram passagem ao rei que ao passar entre eles, rosnou os olhando de cara feia.

- Perderam a noção do perigo? - sussurrou e pode sentir o cheiro dos feromônios dos mesmos. Estavam com medo. Isso fez um sorriso crescer nos lábios do moreno.

- Garoto, pare de ameaçar meus guardas - o platinado sugeriu, sem olhar para cara do marido que se aproximou e parou ao seu lado, vendo o que tinha escrito naqueles papéis que roubava tanto a atenção do ômega.

- Está planejando um baile? - questionou curioso.

- Sim, já estamos casados a algum tempo. E tem algumas pessoas que quero rever, que não viriam para um mero chá da tarde.

- E quem seriam essas pessoas? - perguntou em um tom ameno. Era obvio que não demonstraria o ciúme. Não quando não tinham mais nada entre si, estavam casados no papel, mas, não compartilhavam da vida de um casal.

- Meus pais, minha irmã, Yoongi Também... - o ômega citava os nomes, alheio a reação do esposo. Pois dava ordens aos servos ao mesmo tempo.

- Esse não é o Rei de Daegu? - sua voz saiu de forma irritada e Jimin o olhou sorrindo.

- Está com ciúme, querido alfa? - zombou e viu o marido bufar e cruzar os braços.

- Ciúme de você? Nunca! Você nem é meu... - revirou os olhos.

- Que bom que sabe - o mais velho riu e deu dois tapinhas no peito do outro ao passar por ele. - Já dei ordens a todos, mas qualquer coisa as instruções da festa estão todas aqui. Da ordem dos músicos as cores dos guardanapos - ele entregou as folhas a Myrio (a qual Jungkook não tinha uma boa impressão, depois daquela cena na cozinha) e se retirou, com o alfa logo atrás.

Jungkook rosnou para mesma, a encarando e a empregada baixou a cabeça.

- Maldita seja - murmurou - ainda não acredito no que aconteceu.

-Nem eu - Jimin caminhava ao seu lado, e mesmo que a fala não tivesse sido dirigida a ele, deu uma resposta - Na verdade, não acredito que manteve ela viva, depois daquilo. Achei que a mataria na hora.

- Eu queria... - o moreno murmurou, ele andava e não desviava o olhar do corredor a sua frente.

- E por que não fez? - Jimin esperava conseguir alguma coisa, qualquer coisa que o ajudasse a desvendar mais sobre o marido e o que o fez ficar assim.

𝘘𝘜𝘌𝘌𝘕𝘚 & 𝘒𝘐𝘕𝘎𝘚▪︎jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora