Capítulo 8

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Desmond confere as horas em seu celular, que por sorte ainda estava em sua antiga casa junto com o resto de seus pertences. Ele suspira preocupado com a demora de Baby e também com a sua volta para Neverhand, não queria que Ambrose soubesse que havia saído.

- Dess. - Baby o chama, mas não se aproxima.

- Ei, conseguiu ? - Desmond fala empolgado.

- Dess, eu sinto muito... - ele sussurra e o encara ansioso. Desmond vê a marca vermelha em seu rosto e nota que há algumas sombras vindo em sua direção.

- Tudo bem, Baby. Olhe para mim! - ele segura seu rosto e esta tomado pela raiva ao saber que Baby havia sido agredido novamente.

- Eu entendo, okay ? - Baby começa a chorar e consegue apenas assentir com a cabeça.

- Desmond, é bom saber que voltou para mim. - o gerente aparece acompanhado de dois homens. Ele abre seus braços e sorri com uma expressão sádica.

- Voltar ? Nem se eu estivesse louco! - ele empurra Baby para atrás de seu corpo e se prepara para um possível conflito.

- Desmond, você sabe que me deve, e que precisa pagar!

- Não te devo porra nenhuma, seu filho da puta louco!

- Certo. Sei que esta irritado por causa do que aconteceu da ultima vez, mas peço desculpas, okay ? Então vamos voltar logo, seus clientes estão com saudade.

- Já disse que não vou voltar.

- Que porra, Desmond! Você é meu e vai voltar agora! - ele grita irritado e sinaliza para os homens, que rapidamente avançam em sua direção. Um dos homens o segura por trás, o impedindo de usar suas mãos e ter a chance de se defender enquanto o outro desfere um soco em sua barriga, o deixando atordoado e ainda mais furioso.

Após alguns golpes, o sangue de Desmond parece ferver em suas veias, já havia aguentado calado muitas agressões e humilhações, agora era sua vez de revidar. Na pequena pausa entre um golpe e outro, ele pisa no pé do homem que o segura e consegue se soltar, e antes de que pudesse receber outro soco, seu punho avança em direção ao rosto do segundo homem.

- Mas que merda, essa puta é bem forte! - o ele ri com deboche e lhe dá um soco no rosto.

- Dess! - Baby grita e tenta ir ajuda-lo, mas o gerente o impede, o segurando.

- Que merda, humano filho da puta! - Desmond cospe um pouco de sangue e sorri, agora estava realmente empolgado para dar alguns socos e não deixaria isso passar. O homem avança e tenta acerta-lo, mas ele desvia e golpeia sua barriga, em seguida segura sua cabeça e lhe dá uma joelhada. Vendo seu parceiro abatido, o segundo homem avança sobre ele, mas é rapidamente contido.

- Mas que porra... - o gerente resmunga e empurra Baby para o lado, pega uma barra de ferro do chão e golpeia o tronco de Desmond, que geme de dor, mas continua de pé.

- O que... ? - ele encara surpreendido a barra de ferro, que havia entortado com o impacto. Desmond se vira em sua direção e chuta sua cabeça, fazendo com que ele perca o equilíbrio e acabe caindo.

- Eu te disse que não ia voltar! - Desmond se ajoelha próximo ao seu corpo, o segura pela gola e desfere um soco atras do outro em seu rosto. Ao se cansar, ele pega a barra de ferro e golpeia sua cabeça para garantir que o gerente permaneça no chão.

- Dess... - Baby se aproxima e ainda está chorando, ele o abraça por trás e tenta fazê-lo parar.

- Baby, pega suas coisas e fecha o bordel. Avise aos meninos o que aconteceu.

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