Capítulo 12 - Ressaca

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POV VALENTINA:

Acordo com o barulho ensurdecedor do meu celular, era um número desconhecido me ligando, olho no relógio e - CARAMBA. Já eram 14:27 da tarde, ontem chegamos às 4h da manhã, eu estava tão exausta que nem a maquiagem eu consegui tirar.

Me levanto e resolvo ir tomar um banho, sinto a água bater em meus cabelos e ali fecho meus olhos relaxando, nesse momento me vêm alguns momentos da festa de ontem, e um sorriso começa a aparecer em meu rosto. - Como ela pode ser tão linda?

Termino meu banho, e já resolvo me arrumar pro dia, não estava nem um pouco afim de secar o cabelo, então apenas passo a escova e deixo que ele seque por conta própria.

Eu estava faminta, então resolvo ir atrás de algo pra comer.

- Isso são horas de acordar Valentina? - minha mãe diz assim que chego na ponta da escada.

- Bom dia pra senhorita também, mãe! - digo descendo a escada e caminhando até a sala onde ela, meu pai e Igor estavam sentados. - Bom dia pai. - dou um beijo no topo da sua cabeça e sorrio para meu irmão.

- Bom dia meu amor. - meu pai retribui com um sorriso doce.

- Boa tarde! - Minha mãe diz seca e nem um pouco amigável.

- Pelo menos acordou a tempo do almoço. - Igor ri.

- O cheiro está ótimo inclusive. - Sorrio e olhonpro meu pai.

- Fiz aquele salmão grelhado que você ama.

- Hum...que delícia, eu amo mesmo pai.

Levantamos e fomos todos pra sala de jantar, nos sentamos e enquanto me servia, meu irmão da uma implicada comigo, eu e Igor nos damos absurdamente bem, somos melhores amigos e isso é fato, mas as vezes sinto que ele tem um certo ciúmes da minha relação com o meu pai.

- Papai sempre fazendo suas vontades hein Tina... - olho pra Igor e me sento.

- Para com isso filho, faço sempre o possível pra agradar os dois.

- Igor tem razão, você mima demais a Valentina, por isso ela tá assim!

- Assim como mãe? - Respiro fundo e solto os talheres.

- Catarina, por favor...vamos ter uma refeição em paz, não começa.

- Não Pai, deixa ela falar...não é como se fosse algo novo. Assim como mãe?

- Você ainda pergunta Valentina? Olha só a hora que você acordou hoje...e sem contar que eu não tô nem um pouco feliz com essas suas saidinhas, sabe lá Deus aonde você anda e com quem anda, que horas você chegou ontem?

- Qual o problema de eu sair pra me divertir um pouco, mãe?

- Eu faço as perguntas aqui! Que horas você chegou ontem Valentina? E não minta pra mim. - Engulo seco.

- Eu não sei mãe, não olhei no relógio. - Na verdade eu sabia muito bem, só estava tentando desconversar mesmo.

- Que horas você chegou ontem Valentina? - agora ela que solta os talheres.

- Catarina, já deu...ela já falou que não sabe, o que isso importa agora? - Meu pai interfere.

- Responde Valentina. - Ela insiste e bate levemente na mesa, me fazendo a olhar.

- Não sei mãe, talvez as 4h. - dou um sorriso amarelo.

- Ah, "talvez as 4h"...tá vendo só Marcos, a vidinha mais ou menos que sua filha tá levando? Sai sem hora pra voltar, acorda a hora que quer, com a comidinha favorita que o papaizinho dela faz, que lindo, continua assim que tá lindo! - Ela se levanta caminhando e parando atrás de mim. - Sabe Valentina, eu não sei aonde é que eu erro com você, você e seu irmão tem exatamente a mesma criação, olha pra ele...sempre tão focado e estudioso, com certeza vai crescer muito na vida, já você - ela dá um riso forçado. - Não tá nem ai PRA NADA Valentina, só quer saber de dar esses seus passeios sem juízos, e não vai me surpreender se tirar notas baixas.

VALU - SERIA ESSE O COMEÇO?Onde histórias criam vida. Descubra agora