Capítulo 37 - Julgamento.

6.1K 318 132
                                    

POV VALENTINA:

Passamos um tempinho na casa da árvore, e eu confesso que ninguém consegue mensurar o tamanho da minha felicidade por estar tendo um momento como esse com a Luiza, por mais que eu sempre acreditei que um dia teria ela comigo, as vezes parecia algo tão distante, e agora finalmente está acontecendo.

Era difícil disfarçar meu sorriso estando ao lado dessa garota, e vê-la sorrindo para mim de volta, fazia meu coração transbordar. Infelizmente precisamos voltar pra dentro da minha casa, já estava ficando tarde e a Luiza precisava ir pra faculdade.

- Por favor, deixa eu te levar...- Insisto.

- Valentina, eu já disse que não.Você veio pra casa pra continuar a recuperação, não é pra pegar a moto e ficar saindo assim.

- Mas eu já estou ótima, você me deixou cada vez melhor. - Me aproximo com um sorrisinho e lhe dou um beijo no canto da boca.

- Mas são ordens médicas, repouso total até quando mesmo? Segunda - Feira? - Ela diz com um sorriso, mas sem perder a postura.

- Por que você precisa ser tãooo certinha hein? - Digo emburrada.

- E por que você precisa ser tão sem juízo hein? - Ele rebate.

- Eu só me preocupo com você, e queria que você chegasse em segurança. - acaricio seu rosto.

- Obrigada, mas me sinto mais segura indo sozinha. - Ela diz em tom de brincadeira e sela nossos lábios.

- Não precisa ofender também né? - Digo me afastando e ela me puxa.

- Você sabe que não é uma boa ideia, para de manha. - Reviro meus olhos.

Ela pega suas coisas e descemos as escadas, minha mãe estava sentada na sala e nos vê, ela olha um pouco surpresa.

- Luiza? Ainda está aqui? - Ela diz assim que pisamos no último degrau. - Onde vocês estavam, passei no quarto e não tinha ninguém lá, achei que já tinha ido.

- A gente estava no jardim, mãe. - Respondo já querendo cortar o papo.

- Se eu soubesse que estava aqui, falaria pro Igor te dar uma carona, ele acabou de sair daqui. - Ela diz sorridente, mas esse sorriso da minha mãe não engana ninguém.

- Não tem problema, pego um ônibus e já já eu tô lá, mas obrigada! - Lu responde educadamente.

- Ônibus? - Diz espantada.

- Sim, ônibus. - Luiza responde direta.

- Vamos Lu, te levo até a porta. - Digo segurando sua mão, mas ela esquiva.

- Tchau, Catarina.

Minha mãe apenas acena pra Luiza, com uma cara de julgamento que eu odiava profundamente quando ela fazia. Estamos prestes a chegar na porta e minha mãe aparece.

- Luiza, espera! - Diz rapidamente nos fazendo parar de andar e olhar pra trás.

Olhei com certa estranheza, afinal, o que minha mãe queria falar com ela? Ela caminha em nossa direção com um papel na mão.

- Quanto lhe devo? - Diz abrindo o talão de cheques, e já preenchendo uma folha.

- Desculpa, não entendi. - Luiza me olha perdida sem entender o que minha mãe queria dizer.

- Quanto lhe devo pela ajuda que está dando para Valentina nos estudos? - Ela diz sem tirar os olhos do papel que estava preenchendo.

Nesse momento, se eu pudesse cavava um buraco no chão com as minhas próprias mãos e me escondia, eu não estava acreditando no que eu tinha acabado de ouvir.

VALU - SERIA ESSE O COMEÇO?Onde histórias criam vida. Descubra agora