Capítulo 35 - Nunca Daria Certo

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POV VALENTINA:

Tomamos café da manhã e subimos de novo pro meu quarto, resolvo me trocar pro dia, então vou pro meu closet tiro a jaqueta e coloco um sutiã já que estava sem, caminho até a parte das blusas e fico indecisa, fazia tanto tempo que eu não via minhas roupas que eu nem lembrava que eu tinha tantas assim.

Resolvo pedir a ajuda da Luiza, ela sempre se mostrou uma pessoa tão decidida, com certeza me ajudaria a escolher, quando estou caminhando até a porta do meu closet, percebo que estou apenas com minhas roupas íntimas, fico na dúvida se colocaria pelo menos um roupão, mas pra que? Afinal tudo que eu tenho ela tem. Paro na frente da entrada do meu closet encostando no batente da porta e observo ela por alguns minutos, Luiza estava totalmente concentrada e eu amava esse jeito dela sempre tão focada, se essa mulher tivesse com um óculos seria minha perdição mesmo.

Chamo sua atenção enquanto seguro um cropped em cada mão, um verde e outro azul. Assim que Luiza me vê, sua expressão me faz querer rir. Ela guaguejava, e olhava para baixo evitando contato visual comigo. Nesse momento o gaypanic dela grita e eu juro que me controlo pra não rir do nervosismo dela.

Por fim, o verde que foi o escolhido, volto para me vestir, coloco o cropped e escolho uma das minhas calças pretas favoritas, volto pro meu quarto e tudo já estava ajeitado na minha cama pra começar toda aquela chatice de matéria.

Eu não tenho problema nenhum em estudar, mas o fato de eu estar com Luiza e esse ser o único assunto principal me dava preguiça, eu queria poder curtir a companhia dela de verdade, sem folhas, livros e notbook.

Eu estava inquieta, não aguentava mais ouvir a Luiza explicar sobre a importância de sei lá o que, eu não sei porque não tava prestando atenção. E nesse momento tô literalmente de saco cheio, então ligo minha personalidade coxinha. Começo a implicar com Luiza, e era impressionante como ela caia na pilha com facilidade, ela é muito militantizinha mesmo. Faço algumas piadas bem tio do pavê, o que era suficiente pra ver aquela garota gargalhar e meu coração aquecer.

Depois que a Luiza me ameaça jogar pela janela resolvo dar uma segurada, eu acabei de sair de um coma nao queria voltar pra outro, me acalmo e tento focar o que foi impossível. Luiza era extremamente linda explicando cada coisinha como se tivesse propriedade daquilo, o que me impressiona sendo que eu sou adiantada. Ela sabia mais coisas do meu semestre do que eu do dela, e olha que o do dela eu devia saber de cor já que fui aprovada com nota máxima em tudo.

Conforme o tempo ia passando nossas trocas de olhares ficavam mais intensas, eu juro eu tava tentando mas não consigo prestar atenção em mais nada que não fosse ela. Eu queria entender o que estava acontecendo ali, então aos poucos vou mantendo um contato mais próximo com Luiza, enquanto ela falava, minha mão direita acariciava suas costas e pra minha surpresa ela não pareceu desconfortável, eu estava louca para beija-la, mas eu precisava ter certeza se o sinal era verde, se eu tinha abertura pra isso. Então disparo que seria um problema enorme pra mim se ela fosse minha professora e a partir daí começou a gerar um clima diferente.

Resolvo avançar e acabo me deixando levar pela vontade insana de sentir o lábio daquele garota na minha boca. Luiza não impediu meus beijos em seu pescoço e nem minha mão em sua coxa, então é isso, finalmente eu ia conseguir beijar o amor da minha vida.

E quando eu acho que finalmente ia acontecer, sou empurrada pra longe. Fico profundamente irritada, como assim ela me pede pra parar sendo que a dois minutos atrás minha mão estava apertando sua coxa sem ela exitar? Eu podia sentir sua respiração pesada, seu olhar quente, e seu corpo dando sinais que assim como o meu estava chamas. Eu não aguento mais, isso é tortura.

Assim que ela me empurra fico de joelhos na cama de frente pra ela e nesse momento deixo toda minha frustração sair, eu começo a falar sem parar, Luiza me encarava e eu não conseguia decifrar sua cara. Eu estava frustrada, irritada, estressada e brava. Por que ela era tão complicada? o que mais eu ia precisar fazer? Retomo a falar e sou surpreendida com a Luiza calando a minha boca com os seus lábios.

VALU - SERIA ESSE O COMEÇO?Onde histórias criam vida. Descubra agora