Capítulo 44 - Desejo

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POV VALENTINA:

Essa noite estava sendo melhor do que eu imaginei, eu e Luiza estávamos leves na mesma sintonia, estamos felizes nos divertindo, rindo de coisas idiotas e falando várias bobagens, por mim eu nunca mais sairia daqui, eu nunca mais deixaria ela ir embora.

Estávamos rindo quando de repente meu irmão bate na porta, meu estômago gela e eu não sabia o que fazer, Luiza me olhava assustada e eu só sabia olhar ela de volta.

- Você disse que ninguém subia aqui! - Ela sussurra.

- E não sobem! - Digo baixinho.

- Não é isso que parece, e agora? - Ela pergunta aflita.

- Vamos ficar quietinhas, assim ele vai embora. - Luiza revira os olhos.

- Tina? Eu sei que vc tá aí...dá pra ver a luz refletindo por baixo da porta.

- Merda. - Sussurro. - Vai pro colchonete Lu.

- Que? - Ela me pergunta sem entender.

- O colchonete, vai pra ele, eu vou abrir a porta e aí onde você tá ele vai te ver.

- Você vai abrir a porta???? - Ela pergunta desesperada.

- Amor, faz o que eu tô pedindo, ok? - Me levanto indo em direção a porta e a Luiza vai pro colchonete.

- Oi Guigo... - Digo abrindo uma pequena frecha.

- Por que demorou tanto pra atender?

- Porque...porque eu estava de fone, não ouvi. - Sorrio amarelo.

- Tem mais alguém aí?

- N-Não...

- Que estanho jurava que ouvi a voz da Luiza, achei até que tinha perdido a Apost... - Eu começo a fingir que estou tossindo alto e empurro Igor pra trás, saindo e encostando a porta.

- Tina? Engasgou? Tá tudo bem? - Ele bate nas minhas costas.

- Tá sim...o que você precisa? - Pergunto direta.

- Nada, eu estava voltando pra casa e vi sua moto do outro lado da rua, achei estranho, entrei em casa e a mamãe disse que vc já estava dormindo e claro que não acreditei. Então vi uma luzinha vindo aqui da casa da árvore, aí imaginei que estava aqui...

- Entendi, eu que deixei do outro lado mesmo pro nossos pais não me ouvirem chegando.

- E o que você faz aqui sozinha? - Ele ameaça entrar, mas eu fico paralisada em frente a porta não deixando ele passar.

- Só estou ouvindo música, você sabe que eu amo esse lugar. Agora volta pra casa, e não fala pra ninguém que eu tô aqui tá?

- Você tá tão estranha Valentina...depois vamos conversar hein. - Ele diz desconfiado.

- Eu tô normal Guigo, agora vai...depois nos falamos. E não volta mais aqui tá?

- Você tava bebendo vinho? - Ele diz encarando minha boca.

- Claro que não! - Respondo tensa.

- Lógico que tava, olha sua boca escura, seus lábios sempre ficam manchados quando você toma vinho...e quando come açaí também! - Reviro meus olhos.

- Tá eu tava, o que tem de mal nisso? - Começo a ficar estressada.

- Se trancou na casinha da árvore pra beber Valentina? - Ele dá risada. - Antigamente a única bebida que entrava aqui era suco de caixinha.

VALU - SERIA ESSE O COMEÇO?Onde histórias criam vida. Descubra agora