Bucky Barnes ainda está se acostumando com a vida no novo século, e além disso precisa lidar com a recusa de Sam em usar o escudo, a presença constante e irritante de John Walker, toda a confusão com os Apátridas e com quando o governo decidindo tir...
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-Levanta daí! - Salvatore exclamou, puxando a irmã pelo pé, a tirando da cama dela, enquanto Bucky e Sam assistiam.
-Está nevando - ela resmungou, as unhas grudadas no lençol.
-Estou nem aí - Salvatore respondeu - Nós vamos acampar, eu, você, Bucky, Sam, sobrinhos do Sam, irmã do Sam, seu cachorro e a gata do Bucky Salvatore enumerou, pegando Andrômeda pela cintura, e a erguendo, mas ela continuou grudada no lençol.
-Por que todo esse exército? - ela perguntou, tentando se soltar.
-Porque é mais divertido - Salvatore respondeu - Vou fazer cócegas em você - ele ameaçou.
-Eu não sinto cócegas - Andrômeda retrucou e Salvatore bufou.
-Vamos, baixinha - ele resmungou - Vai ser legal.
-Ok - ela cedeu e Bucky a colocou no chão.
-Você tem meia hora pra arrumar a sua mochila - Salvatore avisou e ele, Sam e Bucky saíram do quarto.
-É sempre assim? - Sam perguntou.
-Andrômeda é teimosa igual minha mãe - Salvatore respondeu - Mas eu sou altamente insistente e obstinado, damos uma boa dupla - deu de ombros.
Andrômeda arrumou sua mochila xingando Salvatore de todos os nomes imagináveis, e saiu emburrada do quarto, indo direto para a sua caminhonete. Ele se sentou no banco do motorista, e Salvatore se sentou ao seu lado com o mapa, Bucky assumiu o banco de trás com Mufasa e Alpine (a gata que Andrômeda havia lhe dado), enquanto Sam, Sarah, Aj e Carlos iriam no outro carro.
Após algumas horas de viagem, chegaram no local onde seria o acampamento. Sam, Bucky e os meninos ficaram encarregados de descarregar a caminhonete, enquanto Salvatore, Andrômeda e Sarah montavam as barracas... Ou melhor, Sarah montava as barracas enquanto Andrômeda tentava empalar o irmão com uma das estacas.
-Vamos nos acalmando - Bucky disse, puxando a ruiva pela cintura, e Andrômeda pisou com seu coturno no pé dele de propósito, o fazendo xingar.
-Eu estou calma - ela respondeu, afastando o cabelo do rosto - Eu vou te picar e dar pros peixes - ela ameaçou Salvatore, antes de voltar a mexer com a barraca.
-Como você sobreviveu tanto tempo na mesma casa com ela? - Sam perguntou.
-O ódio era compartilhado por quatro, a chance de sobrevivência aumenta - Salvatore deu de ombros - Boa sorte com ela, irmão - bateu no ombro de Bucky - Vai precisar - acrescentou, e foi em direção a caminhonete.
-A benção do cunhado você tem - Sam brincou, e Bucky rolou os olhos, e logo viu Andrômeda sumir dentro da barraca, e foi em direção a ela.
-O que está fazendo? - ele perguntou, abaixando-se para olhá-la.
-Testando o colchão de ar pra ver se não está furado - ela respondeu - Gato - ela comentou, tirando Alpine de dentro da sua mochila.
-Achei que ela estava na minha barraca - Bucky comentou, se agachando, vendo Alpine aconchegada no colo de Andrômeda, dormindo de barriga pra cima.
-Ela gosta mais de mim - Andrômeda deu de ombros.
-Você tem alergia a mosquito - Bucky afirmou, apontando para o braço dela, onde a marca da picada começa a se formar.
-Mais uma coisa pra minha lista de doenças - ela resmungou, esticando a mão e começando a mexer na mochila, a procura do repelente - Eu de você veria como estão Sam e Salvatore - ela comentou, começando a espalhar o repelente pelos braços - Não acho que coisa boa vai sair dessa amizade - comentou.
-Ah, meu Deus! - ouviram Sam gritando, e Alpine resmungou.
-Viu? - Andrômeda perguntou retoricamente, e Bucky suspirou.
-Vou lá - ele avisou e se levantou.
Era madrugada, e Andrômeda estava deitada na grama, encarando o céu. Todos já haviam ido dormir a horas, então, tirando o ronco de Sam, tudo estava silencioso.
-O que faz acordada? - ela ouviu a voz de Bucky atrás de si, e ele se sentou ao seu lado.
-Vim olhar o céu - ela respondeu, sem olhá-lo.
-Cumprimos seu segundo sonho? - ele perguntou e ela riu, assentindo.
-Cumprimos os mais baratos - ela respondeu - Além do Paintball, você deve estar com medo de perder pra mim - ela brincou e ele riu.
-Depois do que eu vi em Coney Island, não acho difícil - ele comentou, deitando-se na grama ao lado dela - Como é a sua família?
-Bom, eu tenho quatro irmãos - ela comentou - Matteo, Giovanni, Romeu e Salvatore. Tenho uma cunhada, um cunhado e uma sobrinha - ergueu a mão - Diana, esposa de Romeu e mãe de Estella, minha sobrinha; e Viktor, marido de Giovanni - ela deu uma pausa - Geralmente, quando vamos nos reunir, é na fazenda dos meus avós maternos, Giuseppe e Francesca.
-Bom, já conheci o seu pai - ele começou - E sua mãe?
-Depois do blip, eu interpreto minha mãe como uma mamãe baleia - ela ponderou e ele a encarou, com o cenho franzido - Na caça a baleias, quando são fêmeas e há filhotes por perto, primeiro eles golpeiam o filhote. Com o filhote ferido, imagina-se de que a mamãe vai abandoná-lo e fugir, mas ela se recusa a abandonar o filhote e acaba morrendo junto com ele - ela deu uma pausa - Depois do diagnóstico, eu penso que sou o bebê baleia ferido e ela a mamãe baleia tentando salvar seu filhote.
-Profundo - ele comentou e ela riu.
-Você faz os melhores comentários - ela resmungou.
-Você se comparou com um bebê baleia - ele respondeu - Não tenho argumento contra isso - se defendeu, e a viu rolar os olhos.
-Tá bom, Barnes - ela resmungou e voltaram a ficar em silêncio. Andrômeda encostou a cabeça no ombro de Bucky, ainda encarando o céu, e ele entrelaçou seus dedos, colocando suas mãos juntas sobre seu peito, também encarando o céu.
-Uma estrela cadente - Andrômeda apontou.
-Faça um pedido - Bucky respondeu.
-Não há nada que eu queira pedir - ela respondeu e ele engoliu em seco, o conformismo de Andrômeda com a morte aflorando nela de novo. E então, ele decidiu pedir por ela.
