Ela disse que sempre quis ver os castelos

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-Margô, a Andrômeda disse para onde ela estava indo? - Bucky perguntou, após verem que Mufasa estava no café

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-Margô, a Andrômeda disse para onde ela estava indo? - Bucky perguntou, após verem que Mufasa estava no café.

-Não - Margô respondeu - Ela parecia estar com pressa, mas não disse nada. O que está acontecendo?

-Andrômeda vai realizar o procedimento de Eutanásia - Sam respondeu e Margô levou a mão a boca - Só que temos uma lista de sete países mas nenhuma pista - estendeu o caderno na direção de Margô.

-Luxemburgo! - Margô exclamou, de repente - Ela disse que sempre quis ver os castelos.

-Bom, temos um ponto de partida - Sam comentou e Bucky assentiu - Obrigada, Margô - disse e caminhou em direção a saída, sendo seguido por Bucky.

-James? - Margô o chamou, e Bucky se virou - Traga minha menina de volta - pediu.

-Pode deixar - Bucky respondeu e saiu atrás de Sam, e foram em direção ao aeroporto.

Em Luxemburgo, Andrômeda suspirou consigo mesma, encarando o celular em seu colo enquanto esperava na recepção da clínica especializada em eutanásia e suicídio assistido. Bucky havia mandado dezenas de mensagens e ligado outras dezenas de vezes, mas ela não teve coragem de atender.

Ela não contou, mas aquele sangramento em seu ouvido não era um bom sinal, mas, só havia descoberto após ir ao médico naquele mesmo dia. Era mais uma expansão do tumor, pulando de 20% para 25% do seu cérebro.

Ela se escorou na janela da clínica, e encarou o horizonte, e sentiu algo batendo em seu pescoço graças ao vento proveniente do ventilador. Ela puxou e uma lágrima escorreu ao ver as plaquinhas de identificação de Bucky.

Ela suspirou e ouviu seu nome ser chamado. Ela sentia-se incomodada naquele lugar, todos a tratando como se fosse feita de porcelana, e um clima extremamente mórbido.

Andrômeda seguiu a recepcionista até a sala de uma das médicas, e entrou pela porta aberta, dando de cara um uma senhora.

Parecia ter no máximo 50 anos, tinha cabelos curtos e loiros, olhos azuis, e não era muito alta. Ela usava um jaleco azul bebê, onde podia-se ler "Dra. Marjorie".

-Olá, Andrômeda - Dra. Marjorie a cumprimentou - Pode se sentar - apontou para a cadeira e a ruiva se sentou em frente a ela - Bom, analisei seus exames e você realmente se enquadra dentro do campo correspondente a prática de eutanásia, mas, antes de chegarmos ao procedimento definitivo, você precisa passar por algumas fases - comentou e Andrômeda assentiu, já ciente dessas fases - Todo o processo leva duas semanas, e no fim, você decide se realmente quer realizar o procedimento ou não, alguma dúvida?

-Nenhuma - Andrômeda respondeu e a médica assentiu.

-Tudo bem, vamos à primeira fase - lhe estendeu um caderno de desenho e uma caixa de lápis de cor - Eu quero que você desenhe uma árvore, uma casa e você - pediu e a ruiva assentiu, começando a fazer os desenhos.

Depois de alguns minutos, Andrômeda terminou, e entregou para Marjorie, antes de guardar os lápis.

-Essa primeira fase foi uma análise psicológica inicial - Marjorie começou - Com essa análise, você, inconscientemente, colocou-se abaixo da natureza e da sua família, respectivamente - apontou para os desenhos - Isso significa que, sem perceber, você se deixa de lado, priorizando outras coisas ao invés de você. Dito isso, caímos na segunda fase, que é a do reconhecimento. Nos próximos cinco dias, eu quero que você cuide dos seus próprios interesses. Ligue para quem quiser ligar, diga o que quiser dizer, faça o que quiser fazer. Aproveite a sua vida como se fosse seu último dia, e ao final disso, entraremos na penúltima fase - Andrômeda assentiu - Divirta-se, Andrômeda, nos vemos em cinco dias.

-Até depois, Dra. Marjorie - Andrômeda se despediu, antes de sair da clínica, e voltar para o hotel.

Ela se sentou na cama e pegou o celular, rolando sua tela de contatos, até caír em um.

Morgana, sua mãe.

-Oi, Estrelinha - Morgana disse carinhosa assim que atendeu.

-Oi, mamãe - Andrômeda respondeu, a voz chorosa, e Morgana suspirou.

-Eu não vou julgar você, querida - Morgana afirmou - Eu entendo se estiver cansada.

-Eu... - Andrômeda começou, mas não conseguiu terminar, e ouviu a mãe rir levemente.

-Você lutou até agora, querida - Morgana afirmou - E se você sentir que precisa descansar, você pode ir - Andrômeda fechou os olhos ao ouvir a mãe soluçar - Sacrifício é algo que precisamos fazer pelas pessoas que amamos, e esse é o meu. Eu quero que você viva, Andy, e Deus, como eu quero, mas vou entender se quiser partir, e está tudo bem. Nós vamos ficar bem.

-Eu te amo, mãe - Andrômeda afirmou.

-Eu também te amo, Estrelinha - Morgana respondeu - Não se preocupe conosco, faça o que achar melhor... E seu irmão quer conversar com você - avisou e fez-se alguns segundos de silêncio, antes que ela pudesse ouvir a voz de Matteo.

-Oi Bubble - Andrômeda sorriu ao ouvir o apelido.

-Oi, irmão - ela respondeu.

-Eu não gosto de despedidas, e Giovanni é infinitas vezes melhor em lidar com isso do que eu, mas... - ele deu uma pausa, e Andrômeda o ouviu fungar - Eu sei que não tenho como proteger todo mundo pra sempre, mas eu como irmão mais velho, ainda me sinto responsável por vocês quatro. Só que você está numa luta que eu não posso lutar por você... Você é minha irmãzinha, Bubble, mas, como a mãe disse, vamos entender se você tiver que partir - Matteo soluçou - Eu sinto que de alguma forma falhei com você, mas eu te amo, Andy, e juro que se eu pudesse, trocaria de lugar com você.

-Você é meu irmão número um, Matteo - Andrômeda respondeu - Você fez por mim tudo o que pode.

-Eu te amo, Bubble - Matteo afirmou - Nos avise quando for o dia, não quero que esteja sozinha na hora.

-Pode deixar - Andrômeda respondeu - Tchau, irmão.

-Até logo, Bubble - Matteo respondeu e Andrômeda desligou.

Deus, ainda faltava muita gente.

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Não podem falar que eu não avisei para pegarem os lencinhos 

E ainda estamos em uma parte bem pequena da família de Andrômeda

Vou deixar vocês descansarem pouco após esse capítulo triste e retorno amanhã com mais um

Não esqueçam de deixa sua estrelinha e seu feedback *-*

Até amanhã!

Quelli Come MeOnde histórias criam vida. Descubra agora